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Ministério decide divulgar dois
valores para o preço da estatal
e da enviada especial
Quando anunciar o preço mínimo de venda do Sistema Telebrás,
o Ministério das Comunicações
também divulgará o valor da estatal calculado em um ambiente de
monopólio privado.
Esse valor será superior ao preço
mínimo, pois a competição futura
é um dos itens que está reduzindo
o valor que será levado ao leilão de
venda.
O ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações) disse
à Folha que pretende fazer essa
comparação para evitar críticas ao
preço mínimo das 12 holdings do
Sistema Telebrás.
Ele explicará que o preço da estatal em um cenário de monopólio
privado não é o valor real, porque
a competição fará com que ela perca fatias de mercado (e receita) para outros concorrentes.
"Dois aspectos reduzem o preço
da Telebrás. E os dois são ligados à
competição", disse o ministro.
"Sabemos que existe um mercado do tamanho da Telebrás ainda
não atendido. Quando ela for privatizada, aparecerão novos concorrentes no setor, que comerão
um pedaço desse mercado. Evidentemente, haverá uma perda de
faturamento. E isso significa uma
redução no valor de venda."
Outro item que reduz o preço
mínimo é o custo com publicidade
que as teles terão depois de ser privatizadas. Mendonça de Barros
calcula que esses custos representarão 20% do atual faturamento
dessas empresas.
O ministro disse que a venda das
autorizações para as empresas que
concorrerão com a Telebrás privatizada ocorrerá na segunda quinzena de setembro.
O edital de venda dessas autorizações será lançado um dia após a
privatização da Telebrás, marcada
para 29 de julho.
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