São Paulo, quinta, 4 de junho de 1998

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Ministério decide divulgar dois valores para o preço da estatal

e da enviada especial

Quando anunciar o preço mínimo de venda do Sistema Telebrás, o Ministério das Comunicações também divulgará o valor da estatal calculado em um ambiente de monopólio privado.
Esse valor será superior ao preço mínimo, pois a competição futura é um dos itens que está reduzindo o valor que será levado ao leilão de venda.
O ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações) disse à Folha que pretende fazer essa comparação para evitar críticas ao preço mínimo das 12 holdings do Sistema Telebrás.
Ele explicará que o preço da estatal em um cenário de monopólio privado não é o valor real, porque a competição fará com que ela perca fatias de mercado (e receita) para outros concorrentes.
"Dois aspectos reduzem o preço da Telebrás. E os dois são ligados à competição", disse o ministro.
"Sabemos que existe um mercado do tamanho da Telebrás ainda não atendido. Quando ela for privatizada, aparecerão novos concorrentes no setor, que comerão um pedaço desse mercado. Evidentemente, haverá uma perda de faturamento. E isso significa uma redução no valor de venda."
Outro item que reduz o preço mínimo é o custo com publicidade que as teles terão depois de ser privatizadas. Mendonça de Barros calcula que esses custos representarão 20% do atual faturamento dessas empresas.
O ministro disse que a venda das autorizações para as empresas que concorrerão com a Telebrás privatizada ocorrerá na segunda quinzena de setembro.
O edital de venda dessas autorizações será lançado um dia após a privatização da Telebrás, marcada para 29 de julho.



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