São Paulo, Domingo, 04 de Julho de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Componentes eletrônicos têm alta de até 15% no faturamento

da Reportagem Local
A mudança na política cambial não produziu milagres, mas contribuiu para ampliar os negócios da indústria nacional de componentes eletroeletrônicos.
O faturamento cresceu de 10% a 15% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, estima Pio Gavazzi, diretor de componentes da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), que fecha os números do setor na semana que vem.
Em relação ao primeiro semestre do ano passado, o crescimento da receita é estimado em torno de 10%. "Até o emprego aumentou um pouco", diz Gavazzi, sem arriscar percentuais.
Os resultados preliminares são animadores para um segmento que experimentou queda de 6% no faturamento no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.
De janeiro a fevereiro, a balança comercial de componentes eletroeletrônicos registrava exportações de US$ 156,3 milhões, em queda de 8%. E as importações, de US$ 624,3 milhões no bimestre, eram 1% inferiores às apuradas nos dois primeiros meses de 98.

Telefonia
A atual demanda por componentes nacionais é mais forte no segmento de telefonia. Houve retomada nas encomendas de PABX, modems e centrais telefônicas para telefonia fixa, espelhando a expansão desse serviço no país após o processo de privatização.
Em produtos eletrônicos de consumo, é pequena a retomada, apesar do aumento das consultas feitas pela indústria.
"A transformação de consulta em pedido implica um processo demorado", diz Gavazzi. "É preciso adequar o sistema de produção aos padrões de qualidade exigidos pelo cliente, por exemplo, e isso leva meses."
Para a segunda metade do ano, Gavazzi se diz otimista. Espera crescimento de 5% a 10% sobre o primeiro semestre, "desde que as reformas previstas sejam aprovadas pelo Congresso".
Essa expansão deverá vir da telefonia, que tende a manter a demanda aquecida, da retomada da indústria automobilística e da linha marrom (TVs, aparelhos de som etc.).
Segundo o diretor da Abinee, a taxa de câmbio entre R$ 1,70 e R$ 1,80 "está num nível bom para trabalhar". (LR)


Texto Anterior: Têxteis ainda esperam ganho com câmbio
Próximo Texto: País tem só 18,3 milhões de assalariados pela CLT
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.