São Paulo, Domingo, 04 de Julho de 1999
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Brasil é o mais independente

de Buenos Aires
O Brasil seria o país com menos incentivos para aceitar uma proposta de convergência macroeconômica.
"Quando um dos países é muito maior que os demais, tem menos incentivos para cooperar (portanto mais poder de negociação), pois os benefícios que obterá do acordo serão relativamente menores, frente aos conseguidos pelos outros sócios", diz o estudo.
O relatório afirma que o Brasil é responsável por absorver entre 30% e 40% das exportações da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.
Os três parceiros juntos não absorvem sequer 17% das vendas externas do Brasil.
Por serem mais dependentes, o três parceiros menores teriam mais interesse em uma política comum, que evitaria surpresas, como a desvalorização do real.
Na opinião de Hernán Lancuza, o momento é adequado para convencer o Brasil a abrir mão de parte de sua soberania em benefício de uma coordenação econômica.
O primeiro argumento é que o plano coloca o Brasil como líder de uma futura união na América do Sul. "O Brasil cumpriria o papel da Alemanha na União Européia, pois é o maior", diz o coordenador da pesquisa. (AS)



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