ARTHUR PEREIRA FILHO
da Reportagem Local

As concessionárias venderam 10,5% mais carros no mês passado do que em julho, mas o resultado ficou abaixo das expectativas das montadoras.
A indústria previa alta de até 20% devido à decisão do governo de reduzir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado sobre os veículos.
A venda de carros no varejo (da concessionária para o consumidor) passou de 127.554 unidades, em julho, para 141.005, em agosto. Pela previsão da Anfavea (associação das montadoras), as vendas deveriam ser superiores a 150 mil.
O otimismo das montadoras se baseava no comportamento das vendas nos primeiros 20 dias do mês. Em comparação com igual período do mês anterior, o crescimento atingiu 28%. Só que esse ritmo de vendas acabou não se repetindo no final do mês.
Em relação a agosto de 97, o desempenho do setor é ainda mais negativo: queda de 15,6%.
Para Rubens Carvalho, presidente da Abracaf (associação dos revendedores Fiat), os efeitos do IPI menor e da redução do preço dos carros foram menores do que o esperado.
A Volkswagen mantém a liderança na venda de automóveis e comerciais leves (picapes, vans e furgões). A marca vendeu 42.769 veículos e ficou com 30,3% do mercado.
A Fiat ficou em segundo lugar, com 24,5% de participação e 34.501 carros vendidos. Em terceiro lugar aparece a GM (31.353 unidades e 22,2% do mercado). As três montadoras venderam mais em agosto do que no mês anterior.
A Ford foi a única que não conseguiu melhorar o resultado. A rede de concessionárias da montadora comercializou 16.798 carros, 0,8% menos que em julho.
Para este mês, os revendedores já prevêem nova queda de vendas por causa da alta de juros, que deixou o carro comprado a prazo até 10% mais caro.



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