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TRABALHO
Ministério pode mediar negociação com Banespa para evitar demissões
Bancário busca apoio contra cortes
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério do Trabalho se
dispôs a mediar as negociações
entre os bancários e o grupo Santander Banespa, caso o banco demita 3.000 funcionários, conforme notícias da imprensa espanhola. A informação é do presidente licenciado do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, João Vaccari, que se reuniu ontem em Brasília com o ministro Paulo Jobim.
No dia 31 deste mês, vence acordo coletivo com garantia de empregos para todos os funcionários
do banco. Devido a isso, o sindicato teme demissões em massa e
pede a prorrogação do compromisso por parte do banco.
Esse acordo de transição, feito
com a direção do grupo em novembro de 2001, garantiu também benefícios econômicos aos
bancários -R$ 1.500 de abono
(pago em dezembro de 2001) e R$
1.050 que deverão ser pagos até
setembro de 2003.
O grupo Santander Banespa informou, por meio de sua assessoria, que não comentaria o acordo
nem as demissões.
"O ministro considerou a situação grave e mostrou disposição
para preservar os empregos. Disse também que o sistema financeiro é uma ilha de prosperidade", afirmou Vaccari. A assessoria
do ministério confirmou o encontro. Para o sindicato, o Santander
adota política de redução de despesas com corte de pessoal que inclui 8.200 adesões ao plano de demissões voluntárias. As despesas
de pessoal caíram 17% com a redução de 34% no quadro de funcionários em 2001. De 22.235 funcionários, hoje há 14.723. (CR)
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