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Profissionais
liberais ficam
fora de projeto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar das pressões do setor
e de partidos aliados e oposicionistas, o governo não aceita
incluir no SuperSimples os
profissionais que prestam serviços de natureza intelectual na
condição de pessoas jurídicas.
É o caso de advogados, contadores, médicos, jornalistas, publicitários, engenheiros, economistas e outras duas dezenas de
categorias, que formam empresas sozinhos ou com sócios
da mesma especialização.
Na visão da Receita Federal,
estender os benefícios a esses
profissionais seria um estímulo
à criação das "empresas de
uma pessoa só" para disfarçar
vínculos empregatícios.
Todo o setor de serviços,
aliás, inspira cautela na Receita,
por ser intensivo em mão-de-obra e estratégico para a arrecadação previdenciária. Não
por acaso, a maior parte das
prestadoras de serviços está fora das regras atuais do Simples.
No SuperSimples, o governo
admitiu a inclusão quase integral do setor, mas com um adicional de 50% sobre as alíquotas básicas. Para ser admitida
no novo sistema, de acordo
com o texto do projeto, a pessoa jurídica prestadora de serviços deve apresentar características clássicas de uma empresa, como funcionários de
diferentes especializações.
A tributação dos profissionais liberais, no entanto, continua motivo de controvérsia.
Graças a um lobby liderado por
empresas de comunicação, a
"MP do Bem", transformada
em lei no mês passado, trouxe
um artigo destinado a regularizar a situação dessas pessoas
jurídicas. O texto diz que os
profissionais podem ser tributados como empresas mesmo
que não tenham sócios ou empregados.
(GP)
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