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COMÉRCIO EXTERIOR
Ministro quer criar empregos com alta de 10% nas vendas
Exportação gera 400 mil vagas, diz Furlan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, anunciou que pretende criar 400 mil
empregos novos neste ano, resultado de um crescimento de cerca
de 10% das exportações.
A meta de criação de empregos
é bastante ambiciosa. Em 2002, o
saldo de empregos com registro
em carteira (setor formal) ficou
em 762,41 mil em relação ao ano
anterior. Ou seja, a meta de Furlan é que o setor exportador gere o
equivalente a mais da metade do
saldo de empregos formais do
ano passado.
"Queremos criar 400 mil empregos com a expansão das exportações de US$ 60 bilhões para
US$ 66 bilhões", disse Furlan, ontem, em Brasília.
As metas de criação de empregos e aumento das exportações
foram entregues ao presidente
Luiz Inácio Lula da Silva com
duas outras prioridades para o
ministério: a redução do déficit
comercial para as cadeias de produção de eletroeletrônicos e químicos e a elaboração de uma análise dos setores que mais sofrerão
perdas, caso o Brasil assine um
acordo de livre comércio com a
União Européia e integre a Alca
(Área de Livre Comércio das
Américas).
Ontem, Furlan divulgou o "Plano Estratégico de Promoção Comercial", a principal iniciativa do
ministério para aumentar as exportações brasileiras para US$ 66
bilhões neste ano. Em 2002, o país
exportou US$ 60,362 bilhões.
O ministério, em coordenação
com a Apex-Brasil (Agência de
Promoção de Exportações), criará um grupo de inteligência para
analisar oportunidades comerciais para produtos brasileiros no
exterior.
A primeira parte do estudo já
está pronta, segundo o presidente
da Apex, Juan Quirós. É uma análise dos produtos e mercados de
exportação de cada Estado brasileiro. A idéia agora é cruzar esses
dados com possíveis oportunidades de negócios no exterior.
"Vamos contratar empresas de
prospeção de mercado no exterior", afirmou Quirós, que participou do lançamento do plano de
promoção comercial do governo
ao lado de Furlan.
Com os dados produzidos pela
"inteligência comercial" do governo, será possível saber quem
são os principais concorrentes
brasileiros no exterior; porque
outros países conseguem vender
produtos que o Brasil também
produz, mas não exporta, e que tipos de produto o Brasil poderia
exportar.
(ANDRÉ SOLIANI)
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