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São Paulo, quarta-feira, 05 de fevereiro de 2003

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COMÉRCIO EXTERIOR

Ministro quer criar empregos com alta de 10% nas vendas

Exportação gera 400 mil vagas, diz Furlan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, anunciou que pretende criar 400 mil empregos novos neste ano, resultado de um crescimento de cerca de 10% das exportações.
A meta de criação de empregos é bastante ambiciosa. Em 2002, o saldo de empregos com registro em carteira (setor formal) ficou em 762,41 mil em relação ao ano anterior. Ou seja, a meta de Furlan é que o setor exportador gere o equivalente a mais da metade do saldo de empregos formais do ano passado.
"Queremos criar 400 mil empregos com a expansão das exportações de US$ 60 bilhões para US$ 66 bilhões", disse Furlan, ontem, em Brasília.
As metas de criação de empregos e aumento das exportações foram entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva com duas outras prioridades para o ministério: a redução do déficit comercial para as cadeias de produção de eletroeletrônicos e químicos e a elaboração de uma análise dos setores que mais sofrerão perdas, caso o Brasil assine um acordo de livre comércio com a União Européia e integre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Ontem, Furlan divulgou o "Plano Estratégico de Promoção Comercial", a principal iniciativa do ministério para aumentar as exportações brasileiras para US$ 66 bilhões neste ano. Em 2002, o país exportou US$ 60,362 bilhões.
O ministério, em coordenação com a Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações), criará um grupo de inteligência para analisar oportunidades comerciais para produtos brasileiros no exterior.
A primeira parte do estudo já está pronta, segundo o presidente da Apex, Juan Quirós. É uma análise dos produtos e mercados de exportação de cada Estado brasileiro. A idéia agora é cruzar esses dados com possíveis oportunidades de negócios no exterior.
"Vamos contratar empresas de prospeção de mercado no exterior", afirmou Quirós, que participou do lançamento do plano de promoção comercial do governo ao lado de Furlan.
Com os dados produzidos pela "inteligência comercial" do governo, será possível saber quem são os principais concorrentes brasileiros no exterior; porque outros países conseguem vender produtos que o Brasil também produz, mas não exporta, e que tipos de produto o Brasil poderia exportar. (ANDRÉ SOLIANI)


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