São Paulo, sexta-feira, 05 de março de 2004

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COMÉRCIO

CEB divulga documento

Empresários querem o governo flexível na Alca

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Coalizão Empresarial Brasileira (CEB), principal interlocutor do Itamaraty no meio empresarial, pediu ontem maior flexibilidade do governo nas negociações para a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
"Alcançar esse resultado [ganhos de acesso a mercado para as exportações brasileiras] demanda flexibilidade nas posições hoje sobre a mesa", diz documento divulgado. Coordenador da CEB, Osvaldo Douat afirmou que existem "diferenças de ênfase".
"Embora o objetivo do Brasil seja a completa eliminação de tarifas e barreiras não-tarifárias [...], as negociações podem levar à necessidade de se admitir alguma flexibilização", diz o documento.
Outra "diferença de ênfase" está no capítulo das negociações de serviço. O Itamaraty quer apresentar propostas de abertura diferenciadas por países. A CEB defende a apresentação de uma única lista. "Acordos bilaterais de serviços seriam de difícil implementação", diz o documento.
Os países da América do Sul decidiram fazer acordos bilaterais como etapa inicial para chegar a uma área de livre comércio. Além de bens, os acordos vão incluir investimentos e serviços.
A decisão foi tomada na reunião do Mercosul com o Chile e os países andinos, que terminou ontem em Buenos Aires, disse Régis Arslarian, diretor do Departamento de Negociações do Itamaraty.
A decisão foi um desdobramento da decisão de "flexibilizar" a Alca, tomada na reunião ministerial de Miami, em novembro.


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