DA REPORTAGEM LOCAL

As novas captações dos bancos e a continuidade das notícias positivas no mercado doméstico garantiram o quarto pregão consecutivo de alta na Bolsa de Valores de São Paulo. Ontem, o Ibovespa subiu mais 0,49% e encerrou a semana com alta de 5,8%, aos 12.065 pontos. O volume foi de R$ 691,6 milhões.
No mercado cambial o dia também foi positivo, com a queda de 0,98% do dólar, que fechou cotado a R$ 3,223. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, subiu mais 0,68%. O risco-país caiu 0,11% e fechou aos 940 pontos.
A alta dos últimos pregões fez com que alguns investidores se desfizessem de seus papéis. Com isso, o Ibovespa chegou a cair em alguns momentos. Entretanto os operadores disseram que a valorização de algumas empresas de energia e do setor bancário ajudou a sustentar a alta.
"A Bolsa continuou firme, apesar da alta desta semana. O fluxo de notícias positivas, como as captações do Bradesco e do ABN-Amro, e a volta dos investidores estrangeiros à Bovespa ajudam a manter o otimismo interno", disse Eduardo Fornazier, da Santos Asset Management.
Segundo analistas, a crença de que as reformas serão aprovadas e de que haverá valorização geral dos ativos é altamente difundida e por isso a Bovespa já está refletindo essas perspectivas na alta do preço das ações.
Para eles, a subida do C-Bond em cerca de 70% nos últimos seis meses colabora para que internamente a Bolsa se recupere.
Os analistas acreditam que há atualmente no mercado externo uma grande procura por títulos brasileiros devido ao vencimento de aproximadamente US$ 2 bilhões em títulos federais neste mês.
Segundo eles, como o Brasil "está na moda", os investidores estão procurando comprar títulos privados para manter em suas carteiras o mesmo nível de papéis brasileiros depois do vencimento da dívida.
Das dez ações mais negociadas ontem, apenas três fecharam em baixa. A que gerou o maior volume foi a ON da Siderúrgica Nacional, que caiu 2,56%. As maiores baixas do dia foram Celesc PNB (4%), Braskem PNA (3,5%) e Eletropaulo PN (3%). As maiores altas foram Light ON (13,1%), Cemig ON (5,3%) e Itaubanco PN (4,6%). (GEORGIA CARAPETKOV)
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