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Ex-presidente do UBS pede a venda do banco Pactual
DA REUTERS, EM ZURIQUE
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos principais acionistas
do suíço UBS, o ex-presidente-executivo do banco Luqman
Arnold defendeu ontem a venda da unidade brasileira, o UBS
Pactual, um dos maiores bancos de atacado do país.
Na visão de Arnold, a venda
da unidade brasileira faria parte de uma completa reestruturação para salvar o banco, que
assumiu US$ 37 bilhões em
perdas contábeis por conta da
crise das hipotecas nos Estados
Unidos.
Além da reestruturação, Arnold quer a saída do novo presidente do conselho e a divisão
entre as áreas de investimento
e de gestão de fortunas -o banco é líder mundial no ramo.
Arnold defende a venda do
banco de investimentos, do
qual o Pactual é um importante
braço no Brasil. "A reputação
do UBS tem sido destruída por
atividades totalmente separadas de qualquer negócio dos
clientes", disse Arnold.
Comprado em 2006 pelo
UBS, o Pactual liderou a maioria dos processos de abertura
de capital no ano passado. O
banco lucrou R$ 2,66 bilhões e
só perdeu entre os estrangeiros
para os R$ 2,97 bilhões do Real.
Ex-presidente demitido do
UBS em 2001, Arnold tem 0,7%
do capital do banco, por meio
de sua empresa Olivant, que já
figura entre os dez maiores
acionistas do grupo.
Defensor da área de gestão de
fortunas, Arnold deixou o banco após uma disputa política
com Marcel Ospel, que deixou
o comando do banco nesta semana devido às perdas com a
crise das hipotecas americanas.
O UBS descarta fazer mudanças drásticas no banco e
afirma que seu foco duplo -investimento e gestão de recursos- traz resultados ao grupo.
As ações do UBS subiram
3,27% após a divulgação das
exigências de Arnold. Procurado no Brasil, o UBS Pactual preferiu não se manifestar.
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