São Paulo, sábado, 05 de abril de 2008

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Ex-presidente do UBS pede a venda do banco Pactual

DA REUTERS, EM ZURIQUE
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos principais acionistas do suíço UBS, o ex-presidente-executivo do banco Luqman Arnold defendeu ontem a venda da unidade brasileira, o UBS Pactual, um dos maiores bancos de atacado do país.
Na visão de Arnold, a venda da unidade brasileira faria parte de uma completa reestruturação para salvar o banco, que assumiu US$ 37 bilhões em perdas contábeis por conta da crise das hipotecas nos Estados Unidos.
Além da reestruturação, Arnold quer a saída do novo presidente do conselho e a divisão entre as áreas de investimento e de gestão de fortunas -o banco é líder mundial no ramo.
Arnold defende a venda do banco de investimentos, do qual o Pactual é um importante braço no Brasil. "A reputação do UBS tem sido destruída por atividades totalmente separadas de qualquer negócio dos clientes", disse Arnold.
Comprado em 2006 pelo UBS, o Pactual liderou a maioria dos processos de abertura de capital no ano passado. O banco lucrou R$ 2,66 bilhões e só perdeu entre os estrangeiros para os R$ 2,97 bilhões do Real.
Ex-presidente demitido do UBS em 2001, Arnold tem 0,7% do capital do banco, por meio de sua empresa Olivant, que já figura entre os dez maiores acionistas do grupo.
Defensor da área de gestão de fortunas, Arnold deixou o banco após uma disputa política com Marcel Ospel, que deixou o comando do banco nesta semana devido às perdas com a crise das hipotecas americanas.
O UBS descarta fazer mudanças drásticas no banco e afirma que seu foco duplo -investimento e gestão de recursos- traz resultados ao grupo.
As ações do UBS subiram 3,27% após a divulgação das exigências de Arnold. Procurado no Brasil, o UBS Pactual preferiu não se manifestar.


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