São Paulo, sábado, 05 de abril de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

ACELERANDO
As vendas internas de máquinas agrícolas subiram 55% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano anterior. A maior puxada ocorreu no setor de colheitadeiras, cujas vendas subiram 115% no período, conforme dados da Anfavea.

QUEDA FORTE
Com a proximidade da nova safra, os preços do álcool tiveram forte recuo na porta das usinas paulistas nesta semana. Acompanhamento de preços do Cepea indicou que o anidro foi negociado a R$ 0,8078 por litro, com recuo de 1,55% em relação à semana anterior. Já o hidratado caiu 3,14%, para R$ 0,7214. Esses preços não contêm tributos.

NOVAS ALTAS
O arroz manteve ontem a escalada de preços das últimas semanas. Em uma das regiões produtoras do Rio Grande do Sul, a saca do produto em casca já atinge R$ 25. Nos últimos 30 dias, a alta acumulada é de 11%.

ATRASO E QUEDA
A safra 2008/9 de laranja do Estado de São Paulo deverá ter redução entre 15% e 20% e começará a ser colhida cerca de um mês mais tarde do que o normal. A avaliação é de produtores e analistas do mercado, segundo a Agência Reuters. No ano passado, foram colhidos 366 milhões de caixas.

MILHO SAFRINHA
Os números do milho safrinha ainda devem ser recordes, mas a área pode ficar abaixo do que se previa antes. É o que mostram os dados da segunda estimativa de safra da Agência Rural, de Curitiba. Na avaliação da AgRural, a área do centro-sul deve ficar em 4,42 milhões de hectares, com produção de 16,2 milhões de toneladas.

PLANTIO TARDIO
O plantio de milho safrinha será prejudicado pela safra tardia de soja. Além disso, o líder Paraná vai sofrer a concorrência do trigo, que está com preços bons. Os paranaenses, que pretendiam semear 1,65 milhão de hectares, devem plantar 1,59 milhão, segundo a AgRural.

AINDA EM ALTA
As commodities agrícolas fecharam a semana em alta, à exceção do açúcar, que recuou 2% em Nova York. Em Chicago, a liderança ficou com o trigo, que ontem obteve valorização de 4% no primeiro contrato. A soja também voltou a subir, ficando 1,6% mais cara.

RECORDE
As receitas com as exportações brasileiras de café atingiram o recorde de US$ 4 bilhões nos últimos 12 meses até o mês passado. Nesse período, foram embarcados 27,8 milhões de sacas de 60 quilos, segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).


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