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Consumidor passa a usar mais o cartão de débito
DE NOVA YORK
Christine Rednew tinha
dois cartões de crédito há
quatro anos. Chegou a ter
cinco, em 2007. Agora, tem
novamente dois. Dos três
que não usa mais, dois estavam em dia nos pagamentos,
mas tiveram limites e vantagens rebaixadas. Como as dívidas eram pequenas, de US$
880 somadas, ela saldou o total e cancelou os cartões. O
terceiro, que praticamente
não usava, também foi cancelado por sua conta.
"Não são só os bancos que
estão preocupados com os
cartões. Eu também estou",
disse Christine, enquanto sacava dinheiro vivo em um
caixa eletrônico no Upper
East Side de Manhattan, em
Nova York, na sexta-feira.
Ela afirma que cada vez
mais usa "cash" (dinheiro)
no dia a dia, além do cartão
de débito do banco. "Não
quero perder o controle das
finanças." Design de interiores, Christine diz que já está
sentindo na pele, e no bolso,
a derrocada do mercado
imobiliário nos EUA -mesmo em Nova York, uma das
regiões com o metro quadrado mais caro do mundo.
Segundo a Visa, a maior
empresa do mundo de cartões de crédito, há forte tendência entre consumidores
de usar cada vez mais os cartões de débito, no lugar dos
cartões de crédito.
O cartão de débito não
apenas é vinculado à conta
corrente como não cobra taxas adicionais. Nos últimos
três meses, as transações
com cartões de débito com a
bandeira Visa tiveram alta de
14% e alcançaram um total
de 864 milhões. No mesmo
período, as operações realizadas com cartões de crédito
subiram apenas 6%, atingindo 812 milhões.
Na semana passada, o Comitê de Bancos do Senado
dos Estados Unidos aprovou
novas restrições para que as
empresas de cartões de crédito possam elevar os juros
de dívidas passadas de seus
usuários.
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