São Paulo, domingo, 05 de abril de 2009

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Consumidor passa a usar mais o cartão de débito

DE NOVA YORK

Christine Rednew tinha dois cartões de crédito há quatro anos. Chegou a ter cinco, em 2007. Agora, tem novamente dois. Dos três que não usa mais, dois estavam em dia nos pagamentos, mas tiveram limites e vantagens rebaixadas. Como as dívidas eram pequenas, de US$ 880 somadas, ela saldou o total e cancelou os cartões. O terceiro, que praticamente não usava, também foi cancelado por sua conta.
"Não são só os bancos que estão preocupados com os cartões. Eu também estou", disse Christine, enquanto sacava dinheiro vivo em um caixa eletrônico no Upper East Side de Manhattan, em Nova York, na sexta-feira.
Ela afirma que cada vez mais usa "cash" (dinheiro) no dia a dia, além do cartão de débito do banco. "Não quero perder o controle das finanças." Design de interiores, Christine diz que já está sentindo na pele, e no bolso, a derrocada do mercado imobiliário nos EUA -mesmo em Nova York, uma das regiões com o metro quadrado mais caro do mundo.
Segundo a Visa, a maior empresa do mundo de cartões de crédito, há forte tendência entre consumidores de usar cada vez mais os cartões de débito, no lugar dos cartões de crédito.
O cartão de débito não apenas é vinculado à conta corrente como não cobra taxas adicionais. Nos últimos três meses, as transações com cartões de débito com a bandeira Visa tiveram alta de 14% e alcançaram um total de 864 milhões. No mesmo período, as operações realizadas com cartões de crédito subiram apenas 6%, atingindo 812 milhões.
Na semana passada, o Comitê de Bancos do Senado dos Estados Unidos aprovou novas restrições para que as empresas de cartões de crédito possam elevar os juros de dívidas passadas de seus usuários.

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