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São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2003

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Comunidade de MG fatura mais exportando rede

THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM BELO HORIZONTE


A artesã Valéria Luz, 32, diz que sua vida "melhorou 100%" depois que passou a coordenar um grupo de 20 pessoas que produz redes -aquelas de balançar- para exportação.
A produção funciona na vila de Rio São João, zona rural de Itatiauçu, a 100 km de Belo Horizonte, e é uma das comunidades apoiadas pelas ONGs Centro Cape (Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor) e Mãos de Minas.
Só em 2002, a comunidade exportou mil redes para Itália e Holanda, com lucro de R$ 22 por unidade. No mercado interno, o lucro líquido por rede era mínimo: de R$ 6. "A gente trabalhava só para não ficar à toa", conta Luz.
Luz mora com o marido e dois filhos. Com a exportação, a renda da família passou de um para três a quatro salários mínimos. "Nossas coisas tinham mais valor do que a gente imaginava", diz.
As redes -feitas em teares manuais- passaram por um filtro de qualidade, que incluiu a padronização dos tamanhos e fios de algodão e testes de resistência.
Amostras foram enviadas para Alemanha, EUA e Eslovênia. Os artesãos planejam montar um centro para reunir a produção, já que ainda trabalham em casa.
"Incentivamos a formação de uma cultura exportadora entre os artesãos, para que percebam que é melhor fazer vendas em conjunto do que separados", diz Flávio Dolabela, economista do Centro Cape.


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