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DEPOIS DO G8
Diretor do FMI recomenda controle dos gastos públicos nos EUA e pede reformas estruturais no Japão e na Europa
Köhler dá puxão de orelha nos países ricos
DA REDAÇÃO
O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional),
Horst Köhler, deu um puxão de
orelha, ontem, nas três principais
economias do planeta. Köhler recomendou que os EUA controlem seus gastos públicos e cobrou
reformas estruturais dos estagnados Japão e Europa.
"O que falta no momento é a
faísca que reacenda a confiança",
disse Köhler, em palestra ao Instituto de Finanças Internacionais
de Berlim. "Isso depende da liderança política das principais economias."
O diretor do Fundo prosseguiu,
dizendo que os EUA deveriam
reequilibrar seu orçamento, e as
reformas estruturais, especialmente na Europa e no Japão, deveriam ser aceleradas. Cobrou
ainda "um avanço decisivo na remoção das barreiras ao comércio
internacional".
Estimativas do próprio governo
norte-americano indicam que o
déficit público passará de US$ 300
bilhões neste ano, um recorde
sem precedentes.
As contas do país foram afetadas pelos gastos com a guerra
contra o Iraque e pela redução de
impostos aprovada pelo presidente George W. Bush.
No entanto, o número um do
Fundo disse que as perspectivas
globais melhoraram recentemente. "Olhando adiante, não sou
pessimista. Há capital de sobra no
mundo à procura de oportunidades, para que seja utilizado de maneira produtiva."
Köhler disse que ficou feliz ao
ouvir os líderes do Grupo dos Oito se comprometendo a acelerar o
crescimento econômico, durante
a cúpula de Evian, em Paris, nesta
semana.
"Mas, é claro, precisamos de
ação", disse o economista alemão.
"Tenho certeza de que os líderes
do G8 compreendem a responsabilidade que têm no crescimento
econômico, ao acelerar o processo de reformas estruturais."
Köhler destacou ainda, durante
a palestra, o avanço obtido nas
economias emergentes, o que
possibilitou que os papéis desses
países atingissem os maiores valores desde a época da crise da
moratória Russa, em 1998.
Mas ressalvou: "Enquanto saudamos esse avanço, devemos tomar cuidado com os erros cometidos no passado".
Já a vice-diretora-gerente do
Fundo, Anne Krueger, em visita
ao Japão, reconheceu que o país
fez algumas conquistas no que diz
respeito às reformas estruturais,
mas disse que o avanço ainda é
muito tímido. A economia japonesa está estagnada há praticamente dez anos.
Com agências internacionais
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