São Paulo, Sábado, 05 de Junho de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Confusão sobre taxas de juros e de inflação gera resposta do BC

da Redação

Uma declaração de Armínio Fraga feita ontem em Londres levou o diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, a divulgar uma declaração sobre a posição da instituição sobre as taxas de juros:
"Uma alta pontual da taxa de inflação em um índice ou em algum mês não impactará a taxa de juros, uma vez que o o BC se preocupa com a taxa de juros de médio e longo prazos", disse Figueiredo, por meio da assessoria do BC.
O que gerou a ação do BC no Brasil foi a seguinte resposta dada por Fraga sobre a possibilidade de o BC aumentar os juros por conta de um aumento de inflação:
"Vamos avaliar o impacto dos aumentos. Nossa avaliação preliminar é de que isso de fato pode provocar um aumento, mas é um aumento de um mês que não se transformará numa taxa de inflação. Nossa política é de tomar cuidado com isso. O impacto de longo e de médio prazo será limitado. Mas de fato é algo que está por ocorrer."
A declaração foi interpretada como uma sinalização de que o BC poderia mudar a tendência dos juros e até subir a taxa, mas para isso seria necessária uma reunião extra do Copom (Conselho de Política Monetária do BC). O órgão só terá nova reunião no próximo dia 23.
Figueiredo reafirmou o que vem dizendo desde que tomou posse, em março: para o BC, o que importa é a trajetória da taxa de inflação, e não índices em um mês ou outro.


Texto Anterior: Alta de serviços não eleva inflação, diz BC
Próximo Texto: Empresários esperam juro mais baixo em dezembro, diz pesquisa
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.