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Confusão sobre taxas de juros e de inflação gera resposta do BC
da Redação
Uma declaração de Armínio Fraga feita ontem em Londres levou o
diretor de Política Monetária do
Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, a divulgar uma declaração sobre a posição da instituição
sobre as taxas de juros:
"Uma alta pontual da taxa de inflação em um índice ou em algum
mês não impactará a taxa de juros,
uma vez que o o BC se preocupa
com a taxa de juros de médio e longo prazos", disse Figueiredo, por
meio da assessoria do BC.
O que gerou a ação do BC no Brasil foi a seguinte resposta dada por
Fraga sobre a possibilidade de o
BC aumentar os juros por conta de
um aumento de inflação:
"Vamos avaliar o impacto dos
aumentos. Nossa avaliação preliminar é de que isso de fato pode
provocar um aumento, mas é um
aumento de um mês que não se
transformará numa taxa de inflação. Nossa política é de tomar cuidado com isso. O impacto de longo
e de médio prazo será limitado.
Mas de fato é algo que está por
ocorrer."
A declaração foi interpretada como uma sinalização de que o BC
poderia mudar a tendência dos juros e até subir a taxa, mas para isso
seria necessária uma reunião extra
do Copom (Conselho de Política
Monetária do BC). O órgão só terá
nova reunião no próximo dia 23.
Figueiredo reafirmou o que vem
dizendo desde que tomou posse,
em março: para o BC, o que importa é a trajetória da taxa de inflação,
e não índices em um mês ou outro.
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