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Empresários esperam juro mais baixo em dezembro, diz pesquisa
MARCOS CÉZARI
da Reportagem Local
A taxa de juros Selic (para títulos
públicos federais), atualmente em
23,5%, deverá cair para entre 16% e
19% no final do ano.
Essa é a opinião de 43% dos 267
empresários, diretores e gerentes
de empresas entrevistados durante
o seminário "A retomada econômica em questão", realizado dia 21
de maio em São Paulo com a participação de Pedro Malan, ministro
da Fazenda, Armínio Fraga, presidente do BC, Ibrahim Eris, ex-presidente do BC, e Mailson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda.
Foram formuladas perguntas a
800 participantes do seminário,
mas apenas 267 responderam. O
resultado da "Sondagem de Opinião InterNews" foi tabulado pelo
Departamento de Pesquisas da
Fiesp (Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo.
Para 25% dos entrevistados, os
juros devem ficar entre 19% e 22%;
para 20%, entre 13% e 16%. Só 5%
apostam em taxa entre 22% e 25%.
Taxa abaixo de 13% é esperada por
apenas 6% dos empresários.
O PIB deve crescer até 1,5% neste
ano, segundo estimam 37% dos
entrevistados. Outros 23% esperam crescimento entre 1,5% e 3%,
enquanto 30% prevêem que haverá queda de até 1,5%. Os mais otimistas calculam evolução acima de
3%; os mais pessimistas, queda
maior do que 3%.
A maioria dos empresários
(80%) diz que o câmbio flutuará
em torno de R$ 1,65 por dólar neste
ano -ontem, o comercial esteve a
R$ 1,736 para venda. Cotação abaixo de R$ 1,55 é esperada por apenas 4% dos entrevistados, enquanto 11% esperam mais de R$ 1,80.
O Plano Real está consolidado
para 31% dos entrevistados, mas
52% crêem que essa consolidação
está para acontecer. Só 2% dizem
que o Real não deve se consolidar,
e 10% o consideram superado.
O resultado da balança comercial
do país (exportações menos importações) será positivo em até
US$ 3 bilhões, segundo a maioria
dos entrevistados (52%). Para
19%, ficará entre US$ 3 bilhões e
US$ 6 bilhões, enquanto 1% prevê
mais de US$ 6 bilhões.
Há 23% dos entrevistados prevendo resultado negativo de até
US$ 3 bilhões, e 5% esperam déficit superior a US$ 6 bilhões.
As reservas monetárias do país
devem fechar o ano entre US$ 40
bilhões e US$ 55 bilhões, segundo
a opinião de 69% dos entrevistados. Outros 20% estimam um resultado mais modesto -entre US$
25 bilhões e US$ 40 bilhões.
A inflação medida pelo IGP-M
fechará 99 entre 6% e 8% na opinião de 34% dos entrevistados. Índice menor (entre 4% e 6%) é esperado por 23% dos empresários, enquanto 24% esperam taxa maior
(entre 8% e 10%). Abaixo de 4% é a
previsão de 12%; acima de 10%, a
de 7% dos entrevistados.
Se depender da maioria dos empresários (57%), o emprego não
crescerá, pois eles esperam elevar a
produtividade sem novas contratações. Outros 14% querem elevá-la, mas com demissões, sendo que
23% esperam aumentar a produção e as contratações para atender
a demanda.
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