|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PREÇOS
Tarifas administradas pelo governo pressionaram o custo de vida em todas as fases do plano, segundo dados da Fipe
Paulistanos têm inflação de 103% no Real
ALESSANDRA KIANEK
DA REDAÇÃO
Os paulistanos tiveram, nos oito
anos do Plano Real -julho de 94
a junho de 2002-, uma taxa de
inflação de 103,2%, segundo o IPC
(Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas).
Segundo o economista e coordenador do IPC, Heron do Carmo, a trajetória da taxa de inflação
nos últimos três anos, após a desvalorização do real em 1999, é declinante. Para ele, o fato de a inflação estar caindo ano a ano é mais
importante do que a questão se o
governo vai ou não conseguir
cumprir a meta estipulada para
este ano.
O teto da meta oficial usada pelo
Banco Central, medida pelo IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) do IBGE, é de 5,5%. Para
a Fipe, a inflação deve fechar este
ano em 4,5%.
Na avaliação de Heron, os preços administrados pelo governo
foram o único grupo que afetou a
inflação em todas as fases do Real.
Durante os oito anos, a maioria
desses preços sofreu reajuste acima da taxa de inflação. A energia
elétrica subiu 141%; a água, 151%;
a gasolina, 209%; o botijão de gás,
398%; e a conta de telefone, 445%.
Em todo o período do Real, a
maior taxa foi a do primeiro ano,
quando os preços subiram 32,3%.
A menor foi a do quinto ano,
quando a taxa chegou a ser negativa em 0,5%.
No oitavo ano do Real, encerrado no mês passado, os preços registraram aumento de 5,75% -o
menor desde a deflação apurada
no quinto ano do plano.
Nos oito anos do Real, a cesta
básica pesquisada em São Paulo
pelo Procon/Dieese subiu 47,1%.
No mesmo período, o aumento
do salário mínimo foi de 208,7%,
passando de R$ 64,79 para R$ 200.
Texto Anterior: Fundo defende ação de BCs para segurar dólar Próximo Texto: Alta da energia faz a Fipe prever taxa maior no ano em São Paulo Índice
|