|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Alta da energia faz a Fipe prever
taxa maior no ano em São Paulo
DA REDAÇÃO
A Fipe aumentou a previsão da taxa de inflação no município de
São Paulo para este ano de 4% para 4,5%. Os principais motivos
para a revisão foram os aumentos das tarifas públicas, principalmente o reajuste da energia elétrica autorizado na quarta-feira pelo governo.
O aumento é de 14,2% para os 4,7 milhões de consumidores da
Eletropaulo. Segundo o economista e coordenador do IPC da
Fipe, Heron do Carmo, a Aneel
(agência reguladora do setor) deveria explicar para o consumidor
como é feito o cálculo de reajuste,
pois "a impressão que se tem é
que o aumento da energia está dolarizado".
Com esse aumento, Heron diz
que o governo já deu indícios de
que não irá cumprir a meta de inflação do ano. O teto da meta oficial do governo (pelo IPCA do IBGE) é de 5,5%.
Em junho os preços subiram
0,31% em São Paulo -a Fipe esperava taxa de 0,20%. A surpresa
veio dos alimentos (alta de
0,36%), influenciada pelo aumento do dólar, e do vestuário
(0,31%), em que era prevista estabilidade de preços. Apesar do aumento, a taxa de junho foi bem inferior à registrada no mesmo mês
do ano passado, que foi de 0,85%.
Como a alta do dólar em junho
foi de 12,1%, o impacto nos preços
não foi muito significativo. Heron
diz que o efeito câmbio já foi incorporado aos preços na alta que
ocorreu em outubro de 2001. "O
"timing" do setor produtivo não é
o mesmo do setor financeiro."
A inflação terá neste mês e em
agosto basicamente a alta das tarifas (energia, gás, telefone, gasolina, pedágio e água, esta última ainda sem percentual definido).
Segundo a Fipe, só o impacto das tarifas para cada mês será de 0,55 ponto percentual. Com isso, a projeção é de inflação de 0,85% para este mês e para agosto.
Texto Anterior: Preços: Paulistanos têm inflação de 103% no Real Próximo Texto: Distribuidoras de luz querem novo reajuste extra Índice
|