São Paulo, sexta-feira, 05 de julho de 2002 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Fim da safra Terminou a colheita da segunda safra de feijão do Estado do Paraná (a safra das secas 2001/2). A área plantada cresceu 45% em relação à safra anterior. A produção foi de 149 mil toneladas -32% a mais do que a safra anterior. As informações são do Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná. Negociações Do total colhido na segunda safra de feijão do Paraná, 85% já saíram das mãos dos produtores. Segundo o Deral, o produto está concentrado com os atravessadores, tanto paranaenses como paulistas, que tentam manipular o mercado retendo o produto, forçando o aumento dos preços e provocando a antecipação da entressafra, que normalmente só acontece em outubro. Nova oferta Como consequência da retenção, os compradores e supermercadistas suspenderam suas aquisições e as cotações apresentaram recuo, informa o Deral. Porém, nos próximos dias, haverá uma boa oferta de feijão, proveniente das áreas irrigadas de Goiás e Unaí (MG). Só em Goiás serão 95 mil toneladas. Falta de trigo O pão francês subiu 1,59% no mês passado em São Paulo, segundo a Fipe. Para o coordenador do IPC, Heron do Carmo, o motivo da alta do produto é a redução da oferta de trigo, devido à retenção feita pela Argentina. "Os agricultores argentinos retêm o produto porque, na atual crise, o trigo é dólar", diz ele. Uma saída apontada pelo coordenador é o Brasil passar a comprar o produto de outros países. Novo destino A participação da China na compra de soja em grãos do Brasil cresceu no ano passado para 20,4%, contra 0,41% em 1996. Segundo estudo da consultoria FNP, o principal motivo desse crescimento foi a decisão do país de industrializar o produto em seu território, gerando renda e emprego. UE ainda é líder Mesmo com o crescimento da participação chinesa, a União Européia continua sendo o principal destino das exportações brasileiras de soja em grãos, mas sua participação caiu de 82,2% em 1996 para 64,1% no ano passado. Novos certificados O Ministério da Agricultura da Rússia vai exigir novos certificados veterinários do frango importado dos EUA a partir de 1º de agosto. O órgão informou que se o país não apresentar o documento a entrada do frango será barrada. Os EUA querem que o prazo final para a apresentação de novos certificados seja estendido até 1º de outubro. Embargo O governo russo havia imposto embargo ao frango norte-americano em março, sob o argumento de estar preocupado com questões sanitárias. À época, no entanto, analistas diziam que a decisão era uma resposta à elevação das taxas de importação de aço, tomada pelos EUA. A proibição à entrada do frango americano caiu em abril. Antes da disputa, produtores dos EUA enviavam cerca de US$ 700 milhões em frango à Rússia. e-mail: akianek@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Teles lideraram as perdas no 1º semestre Próximo Texto: Siderurgia: Multinacional deve comprar controle da CSN Índice |
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