São Paulo, domingo, 5 de julho de 1998

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Custos vão de cartório a tributos

da Redação

Apesar dos avanços que vêm ocorrendo no SFH (Sistema Financeiro da Habitação), desregulamentado na última semana pelo Conselho Monetário Nacional, empresários e executivos financeiros do setor ainda vêem obstáculos a superar.
Na opinião de Fábio de Araújo Nogueira, diretor de crédito imobiliário e poupança do BankBoston, "é caro vender imóvel no Brasil".
Nogueira fala isso ao se referir às taxas de transferência cobradas pelas prefeituras, como o ITBI, que, segundo ele, ficam entre 2% e 6% do valor do imóvel.
Os custos da papelada que tem de passar pelos cartórios também são altos, afirma o executivo. São cobrados entre R$ 1.500 e R$ 2.000 por uma escritura, diz ele.
Nogueira também cita, como fatores que encarecem as operações imobiliárias, os custos da corretagem. Em geral a intermediação custa 6%.
Com os ganhos de escala, será possível cobrar menos, observa Nogueira. "Se você cobra 6% vendendo 100, pode muito bem cobrar menos se passa a vender 1.000", comenta ele, confiante que o mercado tenderá a crescer com a desregulamentação.
João Cesar Botelho de Miranda, diretor do Secovi-SP, concorda e acrescenta, como empecilhos a superar, os custos dos terrenos e de comissão e publicidade. "Com mais parcerias e volumes maiores haverá redução de custos", completa o empresário.



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