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Custos vão de cartório a tributos
da Redação
Apesar dos avanços que vêm
ocorrendo no SFH (Sistema Financeiro da Habitação), desregulamentado na última semana pelo
Conselho Monetário Nacional,
empresários e executivos financeiros do setor ainda vêem obstáculos a superar.
Na opinião de Fábio de Araújo
Nogueira, diretor de crédito imobiliário e poupança do BankBoston, "é caro vender imóvel no
Brasil".
Nogueira fala isso ao se referir às
taxas de transferência cobradas
pelas prefeituras, como o ITBI,
que, segundo ele, ficam entre 2% e
6% do valor do imóvel.
Os custos da papelada que tem
de passar pelos cartórios também
são altos, afirma o executivo. São
cobrados entre R$ 1.500 e R$ 2.000
por uma escritura, diz ele.
Nogueira também cita, como fatores que encarecem as operações
imobiliárias, os custos da corretagem. Em geral a intermediação
custa 6%.
Com os ganhos de escala, será
possível cobrar menos, observa
Nogueira. "Se você cobra 6% vendendo 100, pode muito bem cobrar menos se passa a vender
1.000", comenta ele, confiante
que o mercado tenderá a crescer
com a desregulamentação.
João Cesar Botelho de Miranda,
diretor do Secovi-SP, concorda e
acrescenta, como empecilhos a
superar, os custos dos terrenos e
de comissão e publicidade. "Com
mais parcerias e volumes maiores
haverá redução de custos", completa o empresário.
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