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AMÉRICA LATINA
Países devem crescer menos, diz estudo de organismo
das agências internacionais
O prolongamento da crise asiática deve reduzir em 1,6% a taxa de
crescimento da América Latina,
segundo um estudo apresentando
sexta-feira em Havana (Cuba) pelo Sela (Sistema Econômico Latino-Americano).
Segundo o estudo, apresentado
pelo secretário permanente do organismo, Carlos Moneta, em um
congresso de economistas da
América Latina e Caribe, o PIB
(Produto Interno Bruto) dos países da região deve crescer 3,5% este ano, ao invés dos 5% previstos
anteriormente pelo organismo.
"A crise asiática não afetou sensivelmente a situação macroeconômica da América Latina em
1997, mas seu prolongamento e
aprofundamento vão causar efeitos em 1998", diz o estudo.
A projeção de um crescimento
de 5% foi feita pelo Sela antes da
crise de julho de 1997, com base no
desempenho de um grupo de sete
países latino-americanos (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela).
"As estimativas realizadas em
janeiro de 1998 mostram que deve
haver uma diminuição na taxa de
crescimento da região, que passaria a ser da ordem de 3,5%",
acrescenta o estudo do Sela.
Em alguns países, a expectativa
de crescimento menor corresponde à estimativa do Sela. Na Argentina, o governo admitiu em junho
que a taxa de crescimento seria
mais baixa este ano que em 1997,
devendo atingir 5,5%.
Para o secretário da Fazenda, Pablo Guidotti, a redução ocorreria
porque o país estaria sentindo os
efeitos da crise asiática.
O Brasil também deve ter uma
taxa de crescimento inferior aos
3% registrados ano passado, embora o governo negue que a crise
esteja atingindo a economia.
A previsão é de que o aumento
do PIB não passe de 2%, havendo
economistas que apostem que será
de apenas 0,5%.
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