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Em queda, calçados são exceção
da Reportagem Local
Os calçados são considerados
exceção na pauta brasileira de exportação de produtos manufaturados. De janeiro a maio, as vendas no mercado externo caíram
17,6% na comparação com igual
período de 97, de US$ 690 milhões
para US$ 568 milhões.
A competição acirrada, especialmente com a China, e a defasagem
cambial, de 20%, segundo o setor,
explicam a redução nas vendas de
calçados no exterior. Em 93, o
Brasil exportou 201 milhões de pares. Desde então, os embarques foram diminuindo, chegando a 142
milhões de pares anuais.
"O Brasil não está conseguindo
competir com os asiáticos e os europeus", diz Ricardo Wirth, vice-presidente da Abicalçados, associação que reúne os fabricantes
de sapatos. Itália, Portugal e Espanha, diz ele, estão utilizando
mão-de-obra barata de países como Eslovênia e Croácia.
Para Wirth, a política cambial
mantida pelo governo é adequada.
Deve ser mantido o ritmo de desvalorização do real.
Para Adimar Schievelbein, consultor da Abicalçados, o percentual de desvalorização do real deve
aumentar um pouco acima da inflação para tornar o sapato brasileiro mais competitivo.
Em 93, o Brasil era um dos maiores exportadores de calçados de
couro para os EUA, com vendas
de 130 milhões de pares, ao preço
médio de US$ 10,73 o par. A China
exportou para os EUA 219 milhões
de pares a US$ 10,22 o par.
De janeiro a novembro de 97, a
China exportou 326 milhões de
pares para os EUA, a US$ 11,52 o
par, e o Brasil, 75 milhões de pares, a US$ 13,32 o par.
(FF)
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