São Paulo, domingo, 5 de julho de 1998

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Cotações dependem do exterior

da Reportagem Local

A redução da defasagem cambial, provocada pela desvalorização lenta e constante do real, pode animar quem exporta produtos industrializados, mas nem tanto os que comercializam commodities, que dependem de cotação internacional.
As exportações de produtos básicos caíram 10,4% de janeiro a maio em relação a igual período de 97, de US$ 5,88 bilhões para US$ 5,27 bilhões, especialmente em razão da queda do preço da soja.
"A crise no Sudeste Asiático derrubou o preço das commodities", diz Ricardo Markwald, coordenador técnico do Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior).
De janeiro a maio, as exportações de farelo de soja somaram US$ 646 milhões, 35,4% menos do que em igual período de 97 -US$ 1 bilhão. No café em grão, a queda foi de 29,2%, US$ 1,17 bilhão para US$ 828 milhões. Na carne de frango, de 23,2%, de US$ 370 milhões para US$ 284 milhões.
"Os preços dos produtos básicos caíram no exterior. Apesar disso, o desempenho das exportações não foi tão ruim, considerando que 97 foi um ano excepcionalmente bom", diz Markwald.
Marcos Vinicius Pratini de Moraes, presidente da AEB, diz que o aumento das exportações de produtos básicos depende muito da redução do "custo Brasil" (portos e impostos).
Nos últimos dois anos, as exportações brasileiras foram sustentadas pelos volumes e preços dos produtos básicos, especialmente café e soja. Neste ano, esse quadro mudou, com participação maior dos manufaturados. (FF)



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