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Cotações dependem do exterior
da Reportagem Local
A redução da defasagem cambial, provocada pela desvalorização lenta e constante do real, pode
animar quem exporta produtos
industrializados, mas nem tanto
os que comercializam commodities, que dependem de cotação internacional.
As exportações de produtos básicos caíram 10,4% de janeiro a
maio em relação a igual período de
97, de US$ 5,88 bilhões para US$
5,27 bilhões, especialmente em razão da queda do preço da soja.
"A crise no Sudeste Asiático
derrubou o preço das commodities", diz Ricardo Markwald,
coordenador técnico do Funcex
(Fundação Centro de Estudos do
Comércio Exterior).
De janeiro a maio, as exportações de farelo de soja somaram
US$ 646 milhões, 35,4% menos do
que em igual período de 97 -US$
1 bilhão. No café em grão, a queda
foi de 29,2%, US$ 1,17 bilhão para
US$ 828 milhões. Na carne de
frango, de 23,2%, de US$ 370 milhões para US$ 284 milhões.
"Os preços dos produtos básicos caíram no exterior. Apesar
disso, o desempenho das exportações não foi tão ruim, considerando que 97 foi um ano excepcionalmente bom", diz Markwald.
Marcos Vinicius Pratini de Moraes, presidente da AEB, diz que o
aumento das exportações de produtos básicos depende muito da
redução do "custo Brasil" (portos e impostos).
Nos últimos dois anos, as exportações brasileiras foram sustentadas pelos volumes e preços dos
produtos básicos, especialmente
café e soja. Neste ano, esse quadro
mudou, com participação maior
dos manufaturados.
(FF)
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