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Banco rebaixa "nota" da dívida brasileira
DE NOVA YORK
O banco Merrill Lynch rebaixou a "nota" para títulos da dívida
do governo brasileiro.
Seus analistas reduziram de
"overweight" (acima da média do
mercado) para "marketweight"
(na média) a recomendação que
fazem para a carteira de investimentos de seus clientes. O Brasil
havia sido elevado à condição de
"overweight" em 19 de maio.
"Essa decisão é baseada sobretudo no impacto negativo que o
recente aumento nos retornos
dos títulos do Tesouro americano
pode ter na dívida de mercados
emergentes. Sendo o principal
mercado emergente, o Brasil parece vulnerável nesse ambiente",
apontou o relatório do banco.
Por outro lado, a análise diz que
a decisão não tem a ver com o cenário interno. "Ficaríamos muito
mais preocupados se estivéssemos pessimistas em relação à
aprovação das reformas estruturais ou sobre o corte dos juros no
Brasil. Nada disso parece ser o caso no momento", aponta. O relatório completa: "Os motivos que
haviam nos levado a elevar a classificação do Brasil seguem essencialmente inalterados".
O banco manteve, porém, as
ações brasileiras como "overweight". "Embora o processo de
venda de títulos de mercados
emergentes sugira mais volatilidade das ações brasileiras na próxima semana, nós esperamos, ao
mesmo tempo, que seja um período em que as ações brasileiras tenham melhor performance que a
dívida", diz o texto.
Segundo o Merrill Lynch, o cenário esperado é ruim para o setor bancário e bom para exportadores. Por isso, os analistas diminuíram a recomendação para o
banco Itaú e rebaixaram o setor
bancário brasileiro de "marketweight" para "underweight"
(abaixo do peso do mercado).
Já o banco alemão Dresdner
Kleinwort Wasserstein (DKW)
manteve hoje a recomendação
"overweight" (peso acima da média) para os títulos da dívida brasileira. O banco diz que os mercados continuarão premiando os
"fundamentos sólidos" da política econômica do governo.
(RD)
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