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São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2003

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Banco rebaixa "nota" da dívida brasileira

DE NOVA YORK

O banco Merrill Lynch rebaixou a "nota" para títulos da dívida do governo brasileiro.
Seus analistas reduziram de "overweight" (acima da média do mercado) para "marketweight" (na média) a recomendação que fazem para a carteira de investimentos de seus clientes. O Brasil havia sido elevado à condição de "overweight" em 19 de maio.
"Essa decisão é baseada sobretudo no impacto negativo que o recente aumento nos retornos dos títulos do Tesouro americano pode ter na dívida de mercados emergentes. Sendo o principal mercado emergente, o Brasil parece vulnerável nesse ambiente", apontou o relatório do banco.
Por outro lado, a análise diz que a decisão não tem a ver com o cenário interno. "Ficaríamos muito mais preocupados se estivéssemos pessimistas em relação à aprovação das reformas estruturais ou sobre o corte dos juros no Brasil. Nada disso parece ser o caso no momento", aponta. O relatório completa: "Os motivos que haviam nos levado a elevar a classificação do Brasil seguem essencialmente inalterados".
O banco manteve, porém, as ações brasileiras como "overweight". "Embora o processo de venda de títulos de mercados emergentes sugira mais volatilidade das ações brasileiras na próxima semana, nós esperamos, ao mesmo tempo, que seja um período em que as ações brasileiras tenham melhor performance que a dívida", diz o texto.
Segundo o Merrill Lynch, o cenário esperado é ruim para o setor bancário e bom para exportadores. Por isso, os analistas diminuíram a recomendação para o banco Itaú e rebaixaram o setor bancário brasileiro de "marketweight" para "underweight" (abaixo do peso do mercado).
Já o banco alemão Dresdner Kleinwort Wasserstein (DKW) manteve hoje a recomendação "overweight" (peso acima da média) para os títulos da dívida brasileira. O banco diz que os mercados continuarão premiando os "fundamentos sólidos" da política econômica do governo. (RD)


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