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São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2003
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Olho no clima Os produtores nacionais de soja devem ficar de olho nas condições climáticas dos EUA. Se continuar a falta de chuva em alguns Estados produtores, a safra dos EUA será menor, e os preços poderão subir. É um novo cenário para o produtor nacional. Supersafra Esse cenário de quebra da safra nos EUA não está consolidado, diz Fernando Muraro, da Agência Rural, de Curitiba. Se voltar a chover, não haverá quebra. "Já não se fala mais, no entanto, em supersafra", diz ele. No mês passado algumas estimativas apontavam para até 82 milhões de toneladas. Mercado tenso O mercado dos EUA está tenso porque este mês é o período de enchimento dos grãos da soja. A ausência de chuvas vai representar queda na produtividade. O Usda previu ontem redução na qualidade nas lavouras, indicando que a somatória das condições boa e excelente caiu para 63% (era de 66% na semana anterior). Venezuela na parada A boa lucratividade da soja está atraindo também os produtores venezuelanos para a oleaginosa. Muraro diz que eles vêm em busca de informações sobre plantio direto, maquinários e outros investimentos de infra-estrutura. Álcool gera crise Uma exportação de álcool brasileiro para a Austrália em 2002 ainda provoca discussões no governo australiano. O primeiro-ministro John Howard foi acusado ontem de mentir sobre o assunto e de favorecer o maior produtor australiano de álcool ao impor barreiras ao produto brasileiro. Nova queda Os preços recebidos pelos produtores paulistas caíram pelo quarto mês consecutivo. Em julho, a redução foi de 1,88%, acumulando queda de 9,42% desde abril. Esse período de queda chega após longa fase de alta, iniciada ainda no primeiro semestre de 2002. Os líderes Os dados são do Instituto de Economia Agrícola e mostram que entre as maiores quedas no mês passado estiveram feijão (14%), milho (10%), trigo (9%) e soja (6%). No acumulado de 12 meses, no entanto, apenas quatro produtos estão com queda de preços (batata, feijão, laranja e tomate). Concentração paulista Dados da Receita Federal mostram que 38% das importações do primeiro semestre entraram por São Paulo. Já as exportações atingiram 31%, com destaque para os produtos agrícolas. Reavaliação A safrinha de milho paranaense deverá atingir 5,1 milhões de toneladas, segundo a avaliação deste mês do Deral. Vera Zardo diz que 30% das lavouras já foram colhidas. Se confirmado, esse volume supera em 141% o de 2002. Agronegócio em baixa À exceção das carnes (mais 146%), os principais produtos tiveram queda nas receitas das exportações na semana passada em relação ao mesmo período de 2002. Soja caiu 42%; suco de laranja, 77%; café, 18%; e açúcar, 10%. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Juro futuro sobe em dia de nervosismo Próximo Texto: Agrofolha Safra: Brasil produzirá 50% do trigo que consome Índice |
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