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Iene reage após governo ameaçar intervir no mercado de câmbio
das agências internacionais
O iene teve ontem uma recuperação em relação ao dólar norte-americano, depois que autoridades
do governo japonês ameaçaram
intervir no mercado de câmbio,
vendendo dólares, para segurar a
cotação da moeda local.
Foi a primeira alta do iene depois
de cinco dias consecutivos de queda. Ontem, a moeda chegou à cotação de 145,15 por dólar.
Na segunda-feira, o iene havia
sido negociado a 145,6 por dólar, o
mais baixo valor desde 17 de junho
passado, quando uma intervenção
conjunta dos EUA e do Japão conseguiu brecar um processo de desvalorização que então parecia irreversível.
A moeda japonesa estava cotada
no dia da intervenção a 146,7 por
dólar, seu valor mais baixo nos últimos oito anos.
O ministro das Finanças, Kiichi
Miyazawa, disse ontem que, se for
necessário, haverá intervenção do
governo no mercado.
Miyazawa negou mais uma vez
declaração atribuída a ele na semana passada, quando teria afirmado que o governo não pretendia interferir na cotação de sua
moeda.
Declarações em defesa do iene
também foram feitas pelo ministro da Indústria e Comércio Internacional, Kaoru Yosano, e pelo diretor da Agência de Planejamento
Econômico, Taichi Sakaiya.
A moeda japonesa também foi
favorecida ontem pelo anúncio da
proposta do ministro das Finanças
de realizar novo corte de impostos
para recuperar a economia local,
que está em recessão.
Miyazawa sugeriu um corte de
65% para 50% na maior taxa de
impostos do país. A redução poderá exceder os US$ 41,5 bilhões previstos inicialmente pelo primeiro-ministro, Keizo Obuchi, e seria
iniciada a partir de janeiro de 99.
A declaração do ministro das Finanças foi feita após um encontro
com membros do PLD (Partido
Liberal-Democrata), que governa
o Japão.
Consumo
O governo japonês divulgou ontem outro índice pessimista sobre
sua economia. O consumo familiar no país caiu 1% em junho em
relação ao mesmo período do ano
passado. Foi o oitavo mês de queda do índice de consumo.
No primeiro semestre de 98, os
gastos das famílias japonesas tiveram queda de 3,1% em relação ao
mesmo período de 97. A queda semestral é a maior desde que esse
índice começou a ser divulgado
pelo governo, em 1963.
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