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Petrobrás vai gastar cerca de R$ 800 mi com royalties
da Sucursal de Brasília
Os gastos anuais da Petrobrás
com os royalties relativos à exploração de petróleo e de gás natural
no país subirão para cerca de R$
800 milhões ainda neste ano.
Pelos cálculos do Ministério de
Minas e Energia, a estatal paga
atualmente royalties anuais que
variam entre R$ 200 milhões e R$
250 milhões.
Dentro de três anos, a Petrobrás
também estará pagando à União
outros R$ 600 milhões por conta
da chamada "participação especial" -contribuição criada pela
lei que quebrou o monopólio estatal no setor petrolífero e que se refere à detenção de áreas de grande
produtividade (com capacidade
de produzir 150 mil barris diários).
O aumento dos repasses da Petrobrás à União é consequência do
decreto presidencial 2.705, publicado ontem no "Diário Oficial"
da União. O decreto regulamentou a cobrança da "participação
especial" e unificou os royalties
do setor petrolífero em 10%.
O secretário de Energia do Ministério de Minas e Energia, Peter
Greiner, disse ontem que os royalties da Petrobrás são, em média,
de 3% sobre a produção de petróleo e de gás natural. Com o decreto, essa alíquota subiu para 10%.
A nova alíquota dos royalties do
setor petroleiro será válida após a
assinatura dos contratos de concessão entre as empresas exploradoras e a ANP (Agência Nacional
do Petróleo).
No caso da Petrobrás, essa assinatura ocorre amanhã. A estatal
terá direito a 7,1% das bacias sedimentares do país, o que representa
458 mil quilômetros quadrados de
áreas com possibilidade de produção de petróleo e gás natural.
Em outubro de 97, a estatal havia
solicitado 10,5% do total das bacias brasileiras. Os 92,9% restantes
que ficaram com a ANP serão concedidos à iniciativa privada por
meio de licitação.
Segundo a ANP, as áreas que ficaram com a Petrobrás representam o "filé mignon" da prospecção de petróleo no país, uma vez
que nas áreas restantes ainda não
se confirmou existência do produto.
Reduc
A Petrobrás está negociando
uma parceria para a construção de
uma unidade de lubrificantes na
Reduc (Refinaria Duque de Caxias), na Baixada Fluminense
-um investimento superior a
US$ 400 milhões.
Duas empresas, pelo menos, demonstraram interesse no negócio,
segundo Aurílio Fernandes Lima,
diretor da área industrial da Petrobrás: Ipiranga e Texaco.
Lima diz que hoje não existem
empresas interessadas em investir
na construção de novas refinarias.
O negócio mais viável é expandir
as unidades existentes, como a
parceria anunciada para a Reduc.
A importação de derivados do
país equivale hoje, em valores, à
compra externa de petróleo, segundo Lima. "Se não investirmos
em refino, com um mercado que
cresce 6% ao ano, seremos um
grande importador de derivados".
Colaborou a Sucursal do Rio
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