São Paulo, quarta, 5 de agosto de 1998

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LIVRE CONCORRÊNCIA
Gesner Oliveira foi impedido de entrar em táxi que oferecia desconto
Presidente do Cade denuncia à polícia taxistas de aeroporto

Alan Marques/Folha Imagem
O presidente do Cade, Gesner Oliveira, em delegacia onde prestou queixa contra taxistas


da Sucursal de Brasília

Conhecido como "xerife" da livre concorrência, o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Gesner Oliveira, denunciou ontem à polícia taxistas do aeroporto de Brasília por tentarem impedir que ele usasse um táxi que oferecia desconto de 30%.
A reação foi motivada por um acordo fechado no dia 29 entre a direção da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária) e o Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários. Três vagas no aeroporto foram reservadas para empresas de radiotáxi.
"Eles disseram para o motorista que iriam destruir o vidro do táxi se ele aparecesse de novo e que iriam quebrar a minha cara", disse Oliveira, após registrar a ocorrência na 10ª Delegacia da Polícia Civil em Brasília.
O presidente do Cade, órgão do Ministério da Justiça, disse que cerca de 15 taxistas cercaram por 20 minutos o carro Versailles da empresa Maranata. Oliveira só conseguiu entrar quando chamou o oficial da PM responsável pelo patrulhamento. Ele disse que pode identificar os responsáveis.
A Polícia Militar mobilizou cerca de 30 policiais por causa de ameaças telefônicas de taxistas que prometiam fechar as ruas de acesso ao aeroporto para impedir a concorrência.
Oliveira disse que os taxistas teriam cometido infrações previstas no artigo 21 da lei 8.884, que trata da defesa da livre concorrência, como impedir o acesso de novas empresas ao mercado e criar dificuldades para sua constituição e funcionamento.



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