São Paulo, Terça-feira, 05 de Outubro de 1999
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PETRÓLEO
Alta é para reduzir defasagem deste ano, que é de 41,6%
Governo reajusta preço do óleo combustível em mais 9,95%

da Sucursal de Brasília

O governo autorizou ontem um reajuste médio de 9,95% no preço do óleo combustível, um derivado do petróleo destinado ao consumo industrial. O último aumento do produto, de 13,02%, aconteceu há dois meses.
O Ministério de Minas e Energia explicou que o aumento vai reduzir a defasagem de preços acumulada pela Petrobras até o início deste mês, que foi de 41,6% em relação aos preços internacionais do produto.
Essa defasagem, diz o ministério, causou perda de R$ 43 milhões no faturamento da estatal.

Melhorar resultado
Um regulamento dos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia permite que os preços dos óleos combustíveis sejam corrigidos mensalmente pela variação da taxa de câmbio e do valor internacional do produto.
Esse regulamento, segundo o Ministério de Minas e Energia, permite o aumento de até 13,2% neste mês. Esse percentual não foi adotado porque a Petrobras "mantém sua política de praticar preços abaixo dos permitidos pela legislação vigente", explicou a assessoria de imprensa do ministério.
Na prática, a decisão de reajustar o preço do óleo combustível ajuda o governo a melhorar o resultado fiscal da PPE (Parcela de Preço Específico), uma espécie de fundo que deverá colaborar com R$ 2,9 bilhões para as contas públicas neste ano.

Gasolina
O último aumento da gasolina, óleo diesel e gás de cozinha foi em 7 de agosto, com média de 9%. Foi o quinto aumento do ano -o anterior havia sido aplicado em 25 de junho.
A gasolina subiu 9% nas refinarias, com aumento em torno de 8% para o consumidor -preço em torno de R$ 1,07 por litro no Estado de São Paulo.
O óleo diesel, tabelado em todo o país, subiu 5,6% (7,5% nas refinarias). O preço passou para R$ 0,60.
O preço do gás de cozinha foi elevado em 9% nas refinarias, subindo 3,5% para o consumidor nas regiões onde está tabelado (Norte, Nordeste e Centro-Oeste). Nas regiões Sudeste e Sul o preço ao consumidor está liberado.



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