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CRISE
Banco Mundial apóia emissão de títulos de US$ 1,5 bilhão
Argentina vai emitir bônus para controlar déficit fiscal
das agências internacionais
A Argentina vai emitir US$ 1,5
bilhão em bônus com o respaldo
do Banco Mundial. A emissão vai
acontecer na quinta-feira.
"Vamos promover a operação
em conjunto com o Banco Mundial, nos EUA e na Europa", disse
Miguel Kiguel, subsecretário das
Finanças da Argentina.
De acordo com Kiguel, o país
irá emitir seis tipos diferentes de
bônus, cada um no valor de US$
250 milhões.
Kiguel voltou a enfatizar a melhora da situação da economia argentina nos últimos meses.
"O FMI (Fundo Monetário Internacional) tem hoje uma visão
mais otimista da Argentina e estuda revisar para cima a previsão
de crescimento para o país no ano
que vem", anunciou.
De acordo com o subsecretário,
com a revisão, a estimativa de expansão passaria de 1,5% para
2,5%. Para este ano, o FMI projeta
retração de 3%.
Kiguel afirmou também que o
governo Carlos Menem espera
deixar "um colchão financeiro"
de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões
para seu sucessor.
A Argentina vem emitindo bônus sucessivamente para financiar seu déficit fiscal. Pela meta do
FMI, o déficit deve ficar em US$
5,1 bilhões.
As estimativas privadas apontam US$ 5,45 bilhões a US$ 6,8 bilhões de déficit.
"Teremos um déficit equivalente a 1,8% do PIB (Produto Interno
Bruto), o que é uma grande conquista tendo em vista que a atividade econômica teve retrocesso
de 3% neste ano", afirmou.
"Há um ano, existia muito pessimismo no mercado. Hoje, vemos que continuamos tendo
acesso aos mercados de capitais
internacionais", disse Kiguel, ressaltando que "o pior da crise já
passou".
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