São Paulo, Terça-feira, 05 de Outubro de 1999
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MERCADOS FINANCEIROS

Mercado vive expectativa e poucos negócios

da Reportagem Local

O mercado financeiro viveu ontem um dia de muita expectativa e de poucos negócios.
Os investidores adotaram a cautela, enquanto aguardavam o anúncio do governo de medidas para compensar a perda de receita gerada pela decisão do Supremo Tribunal Federal de julgar inconstitucional a cobrança previdenciária de servidores e inativos.
A Bolsa de Valores de São Paulo operou com um volume abaixo da média dos últimos pregões e fechou com uma alta de 0,87%, com 11.055 pontos.
O mercado de câmbio também registrou pouca oscilação. A moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$ 1,950 pela manhã, mas recuou e fechou o pregão a R$ 1,941, uma valorização de 0,05% em relação à sexta-feira, a maior cotação desde o final do mês de agosto.
Além do anúncio das medidas que o governo tomará para fechar as contas públicas, os investidores esperam também as decisões sobre as taxas de juros internas e externas.
Hoje, o Federal Reserve (banco central dos EUA) se reúne para discutir o futuro da taxa de juros norte-americanas, que é 5,25%.
A decisão do Fed pode influenciar a reunião do Copom (Conselho de Política Monetária), que amanhã analisa os juros básicos, que servem de parâmetro para aplicações financeiras em geral.
A votação de hoje na Câmara do projeto de lei que regulamenta a reforma previdenciária e cria o fator previdenciário também gera expectativa no mercado.
"Mais importante do que a maneira que o governo vai cobrir o rombo causado pelo STF é a postura que adotará para resolver os problemas estruturais. Um aumento de impostos será mal recebido pelo mercado", disse Eduardo Freitas, economista-chefe do Unibanco.
No cenário externo, a notícia positiva foi a valorização dos C- Bonds, principais títulos da dívida brasileira, que registraram alta de 1,29% em relação à sexta-feira. Os papéis foram cotados a 63,31% de seu valor de face.
A Bolsa de Nova York, impulsionada pelas notícias sobre fusões, registrou expressiva alta. O índice Dow Jones valorizou 128,23 pontos, com alta de 1,25%.
(MAURO TEIXEIRA)

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