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TRABALHO
Em vez de reajuste de 25%, categoria vai propor aumento de 19%; paralisação perde força em SP e no interior
Greve recua e bancários mudam proposta
DA REPORTAGEM LOCAL
Os bancários admitiram ontem
que a greve da categoria, que entra hoje no 21º dia, recuou na cidade de São Paulo e em algumas
cidades do interior. A Executiva
Nacional dos Bancários decidiu
em reunião com representantes
de todo o país apresentar uma
contraproposta à Fenaban (Federação Nacional dos Bancários) na
tentativa de reabrir a negociação
com os bancos.
Em São Paulo, havia ontem cem
agências e locais de trabalho atingidos pela paralisação. Na semana
passada, eram 370, segundo informou o Sindicato dos Bancários
de São Paulo, Osasco e região.
Em assembléia, cerca de 1.200
funcionários de São Paulo decidiram manter a greve da categoria e
fazem hoje passeata pelas ruas da
região central. A manifestação vai
terminar com um ato em frente
ao Ministério da Fazenda.
Os sindicalistas estão tentando
marcar uma audiência com o presidente Lula e devem visitar hoje
deputados e senadores no Congresso para buscar apoio à greve.
A Justiça do Trabalho pode marcar nesta semana a data para julgar a greve da categoria.
Após analisar seis propostas
apresentadas em assembléias regionais, a Executiva Nacional dos
Bancários vão encaminhar aos
bancos nova proposta salarial:
reajuste de 19% e abono de R$
1.500, além de pedir o não-desconto dos dias parados.
A proposta anterior da categoria previa 25% de reajuste (inclui
inflação mais 17,6% de aumento
real) e recusou a proposta da Fenaban -reajuste de 8,5% a 12,7%
dependendo da faixa salarial-
no último dia 14.
No pedido de PLR (Participação
nos Lucros e Resultados) não
houve alterações -os trabalhadores querem um salário mais o
valor fixo de R$ 1.200. Os bancos
ofereceram 80% do salário mais
R$ 705 fixos.
A CNB-CUT (Confederação
Nacional dos Bancários) informou ontem que os funcionários
dos bancos públicos também estão solicitando a reabertura de negociações com as direções do
Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. "A nossa campanha
salarial é unificada. Mas existem
negociações específicas que queremos avançar com os bancos públicos", disse Vagner Freitas, presidente da CNB e coordenador da
Executiva.
A confederação informa que a
greve se mantém em 24 capitais,
mas admite que houve recuo em
algumas regiões do interior. A
orientação é para que os bancários retomem e intensifiquem a
paralisação no país.
Aposentados e pensionistas do
INSS receberam ontem, segundo
dia de pagamento dos benefícios
previdenciários, sem dificuldades.
(CLAUDIA ROLLI)
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