São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2004

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TRABALHO

Em vez de reajuste de 25%, categoria vai propor aumento de 19%; paralisação perde força em SP e no interior

Greve recua e bancários mudam proposta

DA REPORTAGEM LOCAL

Os bancários admitiram ontem que a greve da categoria, que entra hoje no 21º dia, recuou na cidade de São Paulo e em algumas cidades do interior. A Executiva Nacional dos Bancários decidiu em reunião com representantes de todo o país apresentar uma contraproposta à Fenaban (Federação Nacional dos Bancários) na tentativa de reabrir a negociação com os bancos.
Em São Paulo, havia ontem cem agências e locais de trabalho atingidos pela paralisação. Na semana passada, eram 370, segundo informou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.
Em assembléia, cerca de 1.200 funcionários de São Paulo decidiram manter a greve da categoria e fazem hoje passeata pelas ruas da região central. A manifestação vai terminar com um ato em frente ao Ministério da Fazenda.
Os sindicalistas estão tentando marcar uma audiência com o presidente Lula e devem visitar hoje deputados e senadores no Congresso para buscar apoio à greve. A Justiça do Trabalho pode marcar nesta semana a data para julgar a greve da categoria.
Após analisar seis propostas apresentadas em assembléias regionais, a Executiva Nacional dos Bancários vão encaminhar aos bancos nova proposta salarial: reajuste de 19% e abono de R$ 1.500, além de pedir o não-desconto dos dias parados.
A proposta anterior da categoria previa 25% de reajuste (inclui inflação mais 17,6% de aumento real) e recusou a proposta da Fenaban -reajuste de 8,5% a 12,7% dependendo da faixa salarial- no último dia 14.
No pedido de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) não houve alterações -os trabalhadores querem um salário mais o valor fixo de R$ 1.200. Os bancos ofereceram 80% do salário mais R$ 705 fixos.
A CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários) informou ontem que os funcionários dos bancos públicos também estão solicitando a reabertura de negociações com as direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. "A nossa campanha salarial é unificada. Mas existem negociações específicas que queremos avançar com os bancos públicos", disse Vagner Freitas, presidente da CNB e coordenador da Executiva.
A confederação informa que a greve se mantém em 24 capitais, mas admite que houve recuo em algumas regiões do interior. A orientação é para que os bancários retomem e intensifiquem a paralisação no país.
Aposentados e pensionistas do INSS receberam ontem, segundo dia de pagamento dos benefícios previdenciários, sem dificuldades. (CLAUDIA ROLLI)

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