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Empresa tem de excluir cargos para
cumprir Lei do Aprendiz, diz decreto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Empresas médias e grandes,
obrigadas a contratar entre 5% e
15% de aprendizes, terão de excluir as funções de nível técnico
ou superior, além dos cargos de
direção e confiança, para calcular
o percentual mínimo de jovens
empregados. Essa é uma das principais definições que constam no
decreto 5.598, publicado no "Diário Oficial" da União para regulamentar a Lei do Aprendiz.
Aprovada há cinco anos, a lei
deixava brechas de interpretação
nesse assunto, dificultando a fiscalização, já que cada empregador utilizava uma base diferente
para fazer o cálculo.
O decreto também incorpora a
ampliação da faixa etária para a
contratação de aprendiz aprovada neste ano. A idade mínima
continua sendo aos 14 anos, mas a
máxima passou dos 18 para os 24
anos incompletos.
A ampliação visa atender empresas que precisam contratar
aprendizes para trabalhos insalubres, perigosos ou em jornada noturna. Para isso, poderão atingir o
índice mínimo exigido na lei com
jovens entre 18 e 24 anos.
Micros desobrigadas
Todas as empresas de médio e
grande porte são obrigadas a contratar aprendizes por um período
máximo de dois anos e matriculá-los em cursos de aprendizagem e
formação profissional. As micro e
pequenas ficam desobrigadas. A
jornada não pode exceder seis horas diárias. A exceção é para os jovens que concluíram o ensino
fundamental, podendo chegar a
oito horas diárias.
A aprendizagem implica alternar formação prática, na própria
empresa, com teórica, que pode
ser feita por instituição do Sistema S (Senai, Senac, Senar, Senat),
escola técnica ou organização
não-governamental autorizada.
De acordo com dados do Ministério do Trabalho, apenas entre
janeiro e setembro deste ano
26.246 jovens foram contratados
como aprendizes após fiscalização do órgão. Em 2004, esse número foi de 22.215 contratações.
Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) apontam que no Brasil havia 4,8 milhões de crianças e jovens entre 5 e
17 anos trabalhando em 2003.
Destes, cerca de 1,3 milhão está
entre os 14 e 15 anos.
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