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Nova dona da Garoto deve ser multinacional
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O veto do Cade à compra da Garoto pela Nestlé abriu a temporada de apostas sobre quem vai ficar
com a empresa capixaba.
Os candidatos naturais, segundo analistas, são as líderes mundiais do setor de chocolates - as
americanas Mars e Hershey's e a
britânica Cadbury Schweppes.
Esses grupos começaram a desembarcar no país há cerca de dez
anos, adquirindo empresas locais,
mas não conseguiram crescer.
Para eles, abocanhar a Garoto é
uma oportunidade ímpar. Trata-se da terceira empresa do setor,
com 21,5% de participação, segundo pesquisa ACNielsen. E esse
mercado faturou um total de R$
2,6 bilhões em 2002.
Com uma produção de 337 mil
toneladas anuais, o mercado brasileiro de chocolates é o quinto do
mundo. "O Brasil tem um alto nível de consumo de chocolates e as
empresas têm boa rentabilidade.
No setor de alimentos, as fabricantes de chocolate estão entre as
poucas indústrias que não perderam margem com a retração da
economia", diz Adalberto Viviani, presidente da Concept Marketing e Comunicação.
Brasileiros
Mas há quem aposte em candidatos verde-amarelos: a Sadia e a
Perdigão, líderes no setor de alimentos, poderiam se interessar
pela Garoto, segundo consultores.
"Isso não faz parte das nossas
prioridades", diz Luiz Murat Jr.,
diretor de finanças da Sadia. A
Perdigão não se manifestou.
Já a Hershey's informou que "as
aquisições são decididas pela matriz, na Pensilvânia". A direção local comunicou a decisão do Cade
à matriz e vai aguardar.
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