São Paulo, sexta-feira, 06 de fevereiro de 2004

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Nova dona da Garoto deve ser multinacional

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

O veto do Cade à compra da Garoto pela Nestlé abriu a temporada de apostas sobre quem vai ficar com a empresa capixaba.
Os candidatos naturais, segundo analistas, são as líderes mundiais do setor de chocolates - as americanas Mars e Hershey's e a britânica Cadbury Schweppes. Esses grupos começaram a desembarcar no país há cerca de dez anos, adquirindo empresas locais, mas não conseguiram crescer.
Para eles, abocanhar a Garoto é uma oportunidade ímpar. Trata-se da terceira empresa do setor, com 21,5% de participação, segundo pesquisa ACNielsen. E esse mercado faturou um total de R$ 2,6 bilhões em 2002.
Com uma produção de 337 mil toneladas anuais, o mercado brasileiro de chocolates é o quinto do mundo. "O Brasil tem um alto nível de consumo de chocolates e as empresas têm boa rentabilidade. No setor de alimentos, as fabricantes de chocolate estão entre as poucas indústrias que não perderam margem com a retração da economia", diz Adalberto Viviani, presidente da Concept Marketing e Comunicação.

Brasileiros
Mas há quem aposte em candidatos verde-amarelos: a Sadia e a Perdigão, líderes no setor de alimentos, poderiam se interessar pela Garoto, segundo consultores. "Isso não faz parte das nossas prioridades", diz Luiz Murat Jr., diretor de finanças da Sadia. A Perdigão não se manifestou.
Já a Hershey's informou que "as aquisições são decididas pela matriz, na Pensilvânia". A direção local comunicou a decisão do Cade à matriz e vai aguardar.


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