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Empresas brasileiras têm ações mais caras
DA REPORTAGEM LOCAL
Com preços defasados até
meados do ano passado, as
ações da Petrobras já figuram
como uma das "mais caras", se
avaliado o lucro proporcionado
aos acionistas, em relação às
demais companhias exploradoras de petróleo e de energia.
No caso, o indicador de preço
é a divisão do valor da empresa
pelo lucro -chamado P/L-
que estava em 16,79 na sexta-feira passada. O indicador supera o da maioria das empresas
petrolíferas do mundo, como a
americana Exxon Mobil
(11,79), a anglo-holandesa Royal Dutch Shell (7,10), a britânica British Petroleum (10,60), a
francesa Total Fina (9,47) e a
espanhola Repsol YPF (9,08).
Segundo o analista Luiz
Broad, da corretora Ágora, o
preço maior da Petrobras já
embute as perspectivas de novas descobertas de reservas de
petróleo e gás no país, após o
anúncio no ano passado da confirmação do megacampo de Tupi, da Bacia de Santos. "A Petrobras tem perspectivas de aumento de lucro com as novas
descobertas", disse.
"Há outras formas de se avaliar uma empresa como a Petrobras, que não só o preço pelo
lucro. O mais importante são as
perspectivas da empresa", disse Marcos Paulo Fernandes, do
Banco Fator.
Além da Petrobras, a Bovespa tem ainda ações caras em relação a seus pares internacionais, segundo analistas. Os casos que mais chamam a atenção, dizem, são os de empresas
que abriram o capital no ano
passado, como a MRV Engenharia, que tinha na sexta-feira
P/L de 64,63.
Em pleno boom do setor
imobiliário, as construtoras
brasileiras estão entre as mais
caras do mundo. Enquanto a
Gafisa, Abyara e Rossi tinham
P/L de 31,72, 30,17 e 20,76, respectivamente, as mexicanas
Urbi Desarollos, Consorcio e
Corporación Geo estavam com
18,52, 11,26 e 11,67. As brasileiras chegam a superar também
as japonesas Daiwa House
(19,74) e Takametsu (22,33), as
americanas DR Horton (21,30)
e NVR (27,25) e a tailandesa
Asian Property (16,391).
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