São Paulo, quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008

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Empresas brasileiras têm ações mais caras

DA REPORTAGEM LOCAL

Com preços defasados até meados do ano passado, as ações da Petrobras já figuram como uma das "mais caras", se avaliado o lucro proporcionado aos acionistas, em relação às demais companhias exploradoras de petróleo e de energia.
No caso, o indicador de preço é a divisão do valor da empresa pelo lucro -chamado P/L- que estava em 16,79 na sexta-feira passada. O indicador supera o da maioria das empresas petrolíferas do mundo, como a americana Exxon Mobil (11,79), a anglo-holandesa Royal Dutch Shell (7,10), a britânica British Petroleum (10,60), a francesa Total Fina (9,47) e a espanhola Repsol YPF (9,08).
Segundo o analista Luiz Broad, da corretora Ágora, o preço maior da Petrobras já embute as perspectivas de novas descobertas de reservas de petróleo e gás no país, após o anúncio no ano passado da confirmação do megacampo de Tupi, da Bacia de Santos. "A Petrobras tem perspectivas de aumento de lucro com as novas descobertas", disse.
"Há outras formas de se avaliar uma empresa como a Petrobras, que não só o preço pelo lucro. O mais importante são as perspectivas da empresa", disse Marcos Paulo Fernandes, do Banco Fator.
Além da Petrobras, a Bovespa tem ainda ações caras em relação a seus pares internacionais, segundo analistas. Os casos que mais chamam a atenção, dizem, são os de empresas que abriram o capital no ano passado, como a MRV Engenharia, que tinha na sexta-feira P/L de 64,63.
Em pleno boom do setor imobiliário, as construtoras brasileiras estão entre as mais caras do mundo. Enquanto a Gafisa, Abyara e Rossi tinham P/L de 31,72, 30,17 e 20,76, respectivamente, as mexicanas Urbi Desarollos, Consorcio e Corporación Geo estavam com 18,52, 11,26 e 11,67. As brasileiras chegam a superar também as japonesas Daiwa House (19,74) e Takametsu (22,33), as americanas DR Horton (21,30) e NVR (27,25) e a tailandesa Asian Property (16,391).


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