São Paulo, Sábado, 06 de Março de 1999
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Metroviário e condutor pedem gatilho se inflação chegar a 5%

da Reportagem Local

Motoristas de ônibus e metroviários de São Paulo vão reivindicar na próxima data-base, em maio, gatilho salarial de 5%.
É a primeira grande campanha salarial do ano e deve servir de teste para a força dos sindicatos em obter a reposição salarial automática da inflação.
A outra grande concentração de campanhas salariais em um mesmo período acontece no segundo semestre, com os bancários, metalúrgicos, químicos e petroleiros.
A proposta unificada de diferentes sindicatos ligados ao transporte público prevê, além da reposição salarial de acordo com o ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), reposição automática assim que a taxa de inflação acumular 5%.
Os sindicatos também pedem estabilidade no emprego.

Mobilização
"O trabalhador não pode arcar com todo o prejuízo da crise econômica", afirma Wagner Gomes, diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e membro da Executiva Nacional da CUT.
A campanha unificada envolve, além dos metroviários de São Paulo, os sindicatos de condutores da capital paulista, Osasco, Guarulhos, Santos e de algumas cidades do interior do Estado.
As entidades representam cerca de 150 mil trabalhadores, de acordo com o sindicalista da CUT.
São 10 mil metroviários e 120 mil condutores só em São Paulo, Guarulhos, Osasco e Santos. Outros 20 mil estão espalhados pelo interior.
A ameaça de desemprego, que dificulta a mobilização, não deve impedir a reivindicação do gatilho salarial, afirma Gomes.
"O empregado sabe que pode ser demitido mesmo sem reivindicar e a tendência da inflação é de alta", diz o sindicalista. (ME)




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