|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Metroviário e condutor pedem gatilho se inflação chegar a 5%
da Reportagem Local
Motoristas de ônibus e metroviários de São Paulo vão reivindicar
na próxima data-base, em maio,
gatilho salarial de 5%.
É a primeira grande campanha
salarial do ano e deve servir de teste para a força dos sindicatos em
obter a reposição salarial automática da inflação.
A outra grande concentração de
campanhas salariais em um mesmo período acontece no segundo
semestre, com os bancários, metalúrgicos, químicos e petroleiros.
A proposta unificada de diferentes sindicatos ligados ao transporte público prevê, além da reposição salarial de acordo com o ICV
(Índice de Custo de Vida) do Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos), reposição automática assim que a taxa de inflação acumular 5%.
Os sindicatos também pedem estabilidade no emprego.
Mobilização
"O trabalhador não pode arcar
com todo o prejuízo da crise econômica", afirma Wagner Gomes,
diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e membro da
Executiva Nacional da CUT.
A campanha unificada envolve,
além dos metroviários de São Paulo, os sindicatos de condutores da
capital paulista, Osasco, Guarulhos, Santos e de algumas cidades
do interior do Estado.
As entidades representam cerca
de 150 mil trabalhadores, de acordo com o sindicalista da CUT.
São 10 mil metroviários e 120 mil
condutores só em São Paulo, Guarulhos, Osasco e Santos. Outros 20
mil estão espalhados pelo interior.
A ameaça de desemprego, que
dificulta a mobilização, não deve
impedir a reivindicação do gatilho
salarial, afirma Gomes.
"O empregado sabe que pode ser
demitido mesmo sem reivindicar e
a tendência da inflação é de alta",
diz o sindicalista.
(ME)
Texto Anterior: Força quer reposição automática da inflação Próximo Texto: Em 86, no governo José Sarney, disparo ocorria com taxa de 20% Índice
|