das agências internacionais

A OMC (Organização Mundial do Comércio) realizará reunião extraordinária na próxima segunda-feira para discutir as sanções dos Estados Unidos em relação às exportações européias.
Os Estados Unidos decidiriam esta semana cobrar tarifas extras de até 100% sobre os US$ 520 milhões de produtos da Europa exportados para o país.
A medida foi tomada em decorrência da "guerra das bananas", disputa entre as duas potências econômicas sobre o comércio internacional da fruta.
O problema começou com acordo firmado entre a União Européia e suas ex-colônias do Caribe, do Pacífico e da África para importação de bananas.
Segundo autoridades norte-americanas, o acordo compromete os negócios das empresas do país que produzem bananas na América Latina.

Solução diplomática
A reunião foi solicitada em caráter urgente pela União Européia para tentar resolver a questão de forma diplomática.
O ministro britânico da Indústria e Comércio, Stephen Byers, e o comissário (espécie de ministro) do Comércio do conglomerado europeu, Leon Brittan, reiteraram ontem a necessidade de se chegar a um acordo o mais rápido possível sobre o problema.
"O que os Estados Unidos fizeram está fora do sistema e é extremamente lastimável", afirmou Nigel Gardner, porta-voz de Brittan.
O agravamento da crise levou o embaixador dos Estados Unidos no Reino Unido, Phillip Lader, a ser chamado para uma reunião no Ministério das Relações Exteriores britânico, onde foram apresentadas várias queixas sobre as medidas norte-americanas.
A sobrevalorização dos produtos europeus, por exemplo, põe em risco cerca de 2.400 empregos de empresas do Reino Unido.
Lader, disse, no entanto, que a disputa entre a UE e os EUA não diz respeito à importação de bananas, mas diz respeito às regras.
"Nós consideramos isso muito irritante para uma relação de amizade profunda entre nossos países", afirmou o embaixador norte-americano.
Outros integrantes da OMC também estão preocupados que a "guerra das bananas" possa vir a comprometer acordos comerciais da organização.
Muitos devem utilizar a reunião de segunda-feira para criticar a decisão dos Estados Unidos.
De acordo com comunicado divulgado pelo governo japonês são "muito desagradáveis" as sanções impostas pelo governo norte-americano.


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