PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Reunidos durante cinco dias para se contrapor à reunião do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Belo Horizonte, os movimentos sociais mineiros conseguiram ontem que o documento final do encontro que realizaram fosse entregue à direção do banco, por meio da presidência da Assembléia Legislativa.
Entre os 15 pontos da carta, os movimentos sociais pregam a "mudança do modelo econômico, agregando o elemento social e do trabalho na definição das orientações macroeconômicas", por meio da "redução dos juros". Os movimentos sociais defendem o incentivo às associações, cooperativas, micro empresas, feiras e mercados locais.
A assessoria do Legislativo mineiro informou que a carta foi entregue ontem mesmo à assessoria do presidente do BID, Luis Alberto Moreno.
Um dos pontos bastante criticados pelos movimentos sociais em relação às políticas de financiamento do BID é a definição "unilateral" dos projetos a serem financiados. Por isso, a carta, ao falar sobre uma "reforma do sistema político", prega a criação de "mecanismos permanentes de participação direta da população nas decisões políticas das instâncias de poder político e social".

Passeata
Antes de encerrarem o 1º Encontro dos Movimentos Sociais Mineiros, os cerca de 2.000 participantes, segundo os organizadores, fizeram uma passeata pela região da Assembléia Legislativa e, mais uma vez, pararam em frente ao prédio da Cemig, a estatal mineira de energia, para um protesto. Na última segunda, cerca de 200 militantes destruíram a recepção da sede da empresa.


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