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Investimento de curto prazo preocupa missão
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes de chegar a Brasília, a
missão do FMI passou por São
Paulo ontem, onde visitou importantes bancos, como Unibanco,
JP Morgan e Credit Suisse First
Boston. Os técnicos coletaram
opiniões e também transmitiram
suas impressões sobre o país.
A Folha apurou que a maior
preocupação dos técnicos seria o
alto endividamento cambial do
país e com o fato de que a apreciação cambial está sendo provocada
por dinheiro de curto prazo.
Portanto, entre as recomendações que a missão transmitirá ao
governo, nos próximos dias, estará provavelmente a de que a dívida cambial comece a ser reduzida.
Isso contribuiria para a queda
do fluxo de recursos voláteis que
tem vindo para o país em busca de
ganhos altos com as operações de
"swap" cambial que compõem a
dívida pública.
O Fundo também ouviu dos
bancos certa preocupação com o
nível de reservas líquidas do BC
em moedas estrangeiras, hoje em
torno de US$ 16,3 bilhões (excluindo apenas os recursos do
empréstimo com o FMI).
O que preocupa o mercado é
que a redução continuada das reservas líquidas -as únicas que
podem ser usadas para a intervenção no mercado de câmbio-
limite o poder de fogo do Banco
Central no futuro.
(EF)
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