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INFLAMÁVEL
Barril do petróleo segue em alta e acumula aumento de 50% em 12 meses
EUA temem falta de gasolina no verão
DA REDAÇÃO
Os atentados no Oriente Médio,
região onde se concentram as
maiores reservas petrolíferas do
planeta, e o temor de que haja falta de gasolina nos EUA durante as
férias de verão continuam a pressionar os preços do barril do petróleo. As cotações estão nos
maiores níveis desde a Guerra do
Golfo, há 13 anos.
O barril encerrou o dia cotado a
US$ 39,57 na Bolsa Mercantil de
Nova York, numa alta de 1,5% em
relação ao pregão anterior. Em
Londres, na Bolsa Internacional
do Petróleo, o aumento foi de
2,2%, para US$ 36,72.
Os preços do petróleo nos mercados internacionais não eram
tão elevados desde outubro de
1990, dois meses após a invasão
do Kuait pelo Iraque. Nos últimos
12 meses, a valorização já é de
quase 50%.
Um relatório divulgado ontem
pela Energy Information Administration, agência ligada ao Departamento de Energia dos EUA,
informou que os estoques de gasolina do país são hoje de 204 milhões de galões. Para analistas, os
níveis estão baixos, e poderá haver falta do produto durante o verão, quando o consumo aumenta.
"A questão do momento é se os
estoques que serão formados em
maio e junho serão suficientes para suprir a demanda de julho e
agosto, quando todos pegam a estrada, de férias", disse Nauman
Bakarat, da corretora Refco. "A
resposta no momento é "não"."
Outro problema que cada vez
mais preocupa os analistas é a escalada de violência no Oriente
Médio. De acordo com um relatório divulgado pelo Deutsche
Bank, existe uma grande probabilidade de que terroristas ataquem
as artérias de escoamento do produto da Arábia Saudita, o que afetaria as vendas do principal exportador do planeta.
"Os atentados no Oriente Médio contra instalações petrolíferas
aumentaram o temor de problemas no fornecimento", disse Josh
Sadler, analista do banco Societe
Generale.
Ante o cenário de alta demanda
e ameaças de interrupção do fornecimento, a Opep (Organização
dos Países Exportadores de Petróleo) já acena com a possibilidade
de aumentar a produção de seus
membros. Segundo o presidente
da Opep, Purnomo Yusgiantoro,
o assunto será discutido na próxima reunião do cartel, em junho.
Outra fonte de preocupação é o
novo recrudescimento de conflitos étnicos na Nigéria.
Com agências internacionais
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