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FUNDOS DE PENSÃO
Cechin descarta investimento de risco
Ministro diz que intervenção na Previ vai durar menos que 60 dias
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Previdência Social, José Cechin, disse que a intervenção na Previ, fundo de pensão
dos funcionários do Banco do
Brasil e o maior da América Latina, deverá durar menos que os 60
dias previstos na portaria que decretou o regime na entidade.
Segundo ele, o interventor Carlos Eduardo Esteves Lima terá um
"papel minimalista", embora tenha plenos poderes para administrar o fundo. "A recomendação é
atuar com prudência e minimizar
riscos", declarou o ministro,
acrescentando que foi criado um
comitê com seis funcionários da
Previ para auxiliar o interventor.
Cechin disse que a entidade não
investirá em negócios de risco durante a intervenção. Também não
tratará de uma solução para o déficit técnico de R$ 2,062 bilhões
registrado pela Previ em 2001.
Há duas semanas, o secretário
de Previdência Complementar,
José Roberto Savóia, disse que o
fundo precisaria elevar as contribuições de participantes e da patrocinadora para cobrir o déficit.
Em sua primeira entrevista após
a intervenção, realizada na segunda, Cechin negou motivação política para a medida e que a escolha
do interventor tenha sofrido interferência de pessoas de fora do
governo. "Intervenção é um ato
de violência. É uma coisa forte.
Não temos prazer em fazer isso,
mas fomos compelidos pois não
foi cumprido um prazo legal."
O motivo apresentado pelo governo para intervir foi a não-adequação do estatuto da entidade à legislação vigente no prazo.
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