São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUNDOS DE PENSÃO

Cechin descarta investimento de risco

Ministro diz que intervenção na Previ vai durar menos que 60 dias

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Previdência Social, José Cechin, disse que a intervenção na Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e o maior da América Latina, deverá durar menos que os 60 dias previstos na portaria que decretou o regime na entidade.
Segundo ele, o interventor Carlos Eduardo Esteves Lima terá um "papel minimalista", embora tenha plenos poderes para administrar o fundo. "A recomendação é atuar com prudência e minimizar riscos", declarou o ministro, acrescentando que foi criado um comitê com seis funcionários da Previ para auxiliar o interventor.
Cechin disse que a entidade não investirá em negócios de risco durante a intervenção. Também não tratará de uma solução para o déficit técnico de R$ 2,062 bilhões registrado pela Previ em 2001.
Há duas semanas, o secretário de Previdência Complementar, José Roberto Savóia, disse que o fundo precisaria elevar as contribuições de participantes e da patrocinadora para cobrir o déficit.
Em sua primeira entrevista após a intervenção, realizada na segunda, Cechin negou motivação política para a medida e que a escolha do interventor tenha sofrido interferência de pessoas de fora do governo. "Intervenção é um ato de violência. É uma coisa forte. Não temos prazer em fazer isso, mas fomos compelidos pois não foi cumprido um prazo legal."
O motivo apresentado pelo governo para intervir foi a não-adequação do estatuto da entidade à legislação vigente no prazo.



Texto Anterior: Luís Nassif: O voluntarismo do BC
Próximo Texto: Trabalho: TST defende o fim das comissões de conciliação prévia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.