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PRIVATIZAÇÃO
AGU diz que prazo foi pedido para que sejam analisadas novas alegações de Sindicato dos Bancários de SP
Ação do governo adia julgamento de liminar do Banespa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo, que sempre teve
pressa na retomada do processo
de venda do Banespa, resolveu
pedir vista do recurso que tenta
derrubar duas liminares contra a
privatização, impedindo que o
presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidisse ontem
mesmo a questão.
O pedido de vista ocorreu no
início da tarde, horas depois de o
advogado-geral da União, Gilmar
Mendes, fazer críticas à atuação
da Justiça no caso, mas o governo
negou que uma coisa tenha relação com a outra.
O presidente do STJ, Paulo Costa Leite, havia anunciado que pretendia julgar o caso ontem à tarde,
mas o pedido de vista provocou o
adiamento da decisão para a próxima semana.
Novas alegações
Segundo a AGU (Advocacia Geral da União), o governo decidiu
analisar o processo porque nos últimos dias foram anexadas novas
alegações do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Mas, para rebater os novos argumentos do sindicato, a AGU
poderia ter pedido vista do processo já na segunda-feira passada,
poupando dois dias de atraso no
processo de privatização.
O advogado dos bancários entregou suas alegações na sexta-feira passada.
O governo tem cinco dias para
devolver o processo e, se resolver
usar todo o prazo de direito, o julgamento das liminares só deve
ocorrer na próxima terça-feira,
sete dias antes do leilão do banco
paulista, marcado para o próximo
dia 18.
Omissão de informações
O sindicato obteve uma liminar
em uma ação que sustenta que o
edital de privatização omitiu informações básicas sobre o Banespa. Outra liminar foi concedida
porque o Banco Central teria desrespeitado decisão judicial anterior que paralisava o processo de
venda do banco.
Ontem a AGU entrou com recurso para tentar derrubar uma
terceira liminar contra a venda do
Banespa, obtida por um grupo de
procuradores da República de
Brasília.
O julgamento desse recurso
também deverá levar alguns dias.
Ontem o processo foi encaminhado ao Ministério Público, que tem
prazo indefinido para dar seu parecer.
Concessão de prazo
Não está descartada a hipótese
de o presidente do STJ conceder
prazo para que os autores da ação
se manifestem, a exemplo do que
ocorreu na ação movida pelo sindicato.
O grupo de procuradores da República sustenta que houve irregularidades na contratação do
Banco Fator para avaliar o Banespa e na transferência do seu controle acionário de São Paulo para
a União.
Embora o leilão esteja marcado
para 18 de julho, o Banco Central
reconhece que não será mais possível cumprir o cronograma.
Já foram marcadas três datas
para a privatização do banco paulista e desde o final de maio o processo está suspenso em razão de
liminares.
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