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MERCADO FINANCEIRO
Ibovespa cai mais 2,73% e tem giro baixo, de R$ 395,7 mi; C-Bonds fecham abaixo de US$ 0,60
Bolsa cai 6% na semana, com tensão externa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo teve baixa de 2,73% ontem, para 9.723 pontos. De segunda-feira até ontem, o Ibovespa acumula desvalorização de 6,3% -já perdeu a maior parte da valorização de 7,2% acumulada durante a semana passada.
O giro financeiro foi bastante reduzido. Ficou em R$ 395,737 milhões, abaixo da média diária dos últimos meses, que é de cerca de R$ 500 milhões.
A maior baixa do dia foi para as ações preferenciais da Inepar, que
caíram 8,4%.
A Bovespa tem sido duramente
atingida nesta semana pela queda
das Bolsas no mercado externo. O
clima de tensão internacional
vem do temor de que haja novos
atentados terroristas na semana
que vem, quando os ataques aos
Estados Unidos completam um
ano.
Além disso, nos últimos dias foram divulgados dados pouco otimistas sobre a atividade econômica norte-americana. Há preocupação também com a possibilidade de ataque dos Estados Unidos ao Iraque.
Toda essa incerteza leva pessimismo ao investidor mundial,
que parte em busca de ativos
reais. A fuga das ações ainda é
consequência dos escândalos financeiros cometidos por empresas norte-americanas.
Para Luiz Antonio Vaz das Neves, da corretora Planner, o desempenho da Bolsa paulista na semana que vem deverá melhorar.
"Se tudo correr bem no dia 11
[quarta-feira], a tendência é que
haja um forte movimento de
compra de ações, após as fortes
deteriorações dos últimos dias."
Juros
As projeções para os juros futuros mantiveram a alta ontem. Na
BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos para janeiro de 2003, os mais negociados, fecharam projetando taxa de 20,65% (20,30% na quarta-feira).
No curto prazo, a variação foi mínima. As taxas para outubro
passaram de 17,97% para 17,98%.
Para novembro, a projeção passou de 18,60% para 18,69%.
É cada vez menor a crença de que o Banco Central possa reduzir os juros antes da próxima reunião do Copom.
Os C-Bonds, títulos da dívida
externa brasileira, caíram 0,8%.
Fecharam negociados a US$ 0,5981 -cotação abaixo de US$
0,60 não ocorria desde 28 de agosto.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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