São Paulo, sexta-feira, 06 de setembro de 2002
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Giro pelos EUA A quebra de soja nos Estados Unidos é irreversível, apesar das chuvas recentes. Estas serviram apenas para promover uma pequena recuperação da produtividade em algumas áreas antes afetadas pela seca. A análise é de Fernando Muraro, da Agência Rural, que acabou de visitar as lavouras do Meio-Oeste norte-americano. Difícil prever Muraro diz, no entanto, que é difícil determinar qual será a produtividade naquele país porque a soja estava na fase de enchimento de grãos quando ocorreram as chuvas. A safra de milho deverá ser ainda mais prejudicada do que a soja, diz Muraro. Boa qualidade Os armazéns começam a receber o trigo da safra de 2002. No norte do Paraná, a colheita atinge 5%, e o produto é de boa qualidade. A preocupação fica por conta das chuvas previstas para os próximos dias, que poderão prejudicar a qualidade do produto. Milho em alta A colheita da safrinha de milho atinge de 75% a 80% no norte do Paraná. Apesar da safra, os preços estão em alta, explicada pela elevação do dólar nos últimos quatro dias e pela diminuição da colheita. Os produtores dão preferência à colheita do trigo, que é mais sensível aos problemas climáticos. No porto A saca de milho no porto de Paranaguá estava ontem a R$ 18,70. A tonelada do produto no mercado externo subiu de US$ 103 para US$ 108. A evolução dos preços também se reflete no mercado futuro, onde a saca subiu para R$ 18,40 (para novembro). Exportações de soja Os registros de exportações de soja em grãos indicavam 14,4 milhões de toneladas até 15 de agosto, 6% a mais do que no final de julho. A previsão de exportação da Abiove (associação das indústrias) e de 15,5 milhões de toneladas para esta safra. Farelo Os registros de exportações de farelo somam 10,3 milhões de toneladas, com alta de 12% sobre o final de julho. No mesmo período, as exportações de óleo atingiram 1,62 milhão de toneladas, com alta de 9%. Os registros de exportações para a próxima safra, em toneladas, são: grãos, 3,2 milhões; farelo, 1,8 milhão; e óleo, 188 mil. Feijão em Viçosa A Universidade Federal de Viçosa promove congresso sobre pesquisas na área de feijão. Serão quatro dias de discussões sobre melhoramento genético, plantio, pragas, colheita, comercialização e a importância dessa cultura na economia nacional. O evento começa no domingo. Volta a subir O preço do boi não teve alteração ontem no mercado físico no Estado de São Paulo, mas voltou a registrar alta nas negociações futuras. O contrato do próximo mês negociado na BM&F subiu para R$ 52,20, 1% a mais do que o valor de quarta-feira. Óleo em queda O óleo de soja caiu 1,4% ontem na Bolsa de Chicago. A redução de preço do produto segurou também as cotações da soja e do farelo, que tiveram altas pequenas. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado Financeiro: Bolsa cai 6% na semana, com tensão externa Próximo Texto: Veículos: Reajuste dos carros come redução do IPI Índice |
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