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São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2003

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O VÔO DA ÁGUIA

No mês passado, foram fechados 93 mil postos de trabalho no país; setor industrial perdeu 44 mil vagas

Desemprego cai, mas cortes sobem nos EUA

DA REDAÇÃO

A taxa de desemprego nos Estados Unidos se manteve praticamente estável no mês passado, passando de 6,2% da força de trabalho em julho para 6,1% em agosto. Mas as empresas americanas continuaram a cortar funcionários pelo sétimo mês seguido.
Foram fechados 93 mil postos de trabalho em agosto, de acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, o maior número desde março deste ano. Com isso, sobe para 2,7 milhões o número de vagas fechadas desde que George W. Bush assumiu a Presidência dos Estados Unidos, em 2001. Em julho, dados revisados mostram que 49 mil empregados foram dispensados.
Os números jogaram um balde de água fria no mercado, já que a maioria dos analistas esperava que o dado fosse positivo e que cerca de 12 mil novos empregos fossem criados no mês.
Segundo o Departamento do Trabalho, 503 mil pessoas deixaram de procurar emprego no mês passado, porque acreditam que não há vagas disponíveis. Isso explica a queda no desemprego, a despeito do fechamento de postos de trabalho.
A indústria, um dos setores mais atingidos, fechou vagas pelo 37º mês consecutivo. Desde julho de 2000, a indústria americana perdeu quase 16% de suas vagas. Somente no mês passado, foram cortados 44 mil postos no setor.
Enquanto outros índices sobre a economia americana mostram uma recuperação vigorosa da recessão que atingiu o país em 2001, o mercado de trabalho -uma das prioridades anunciadas do governo Bush- não consegue acompanhar o ritmo.
A reação do presidente americano foi mais uma vez prometer que irá tomar providências para animar o mercado de trabalho. "Há muitos americanos procurando emprego, e temos que fazer alguma coisa a respeito aqui em Washington", afirmou. Segundo ele, a criação de empregos é um indicador defasado, "a última coisa a chegar ao cenário".
O secretário do Tesouro dos EUA, John Snow, também mostrou preocupação: "Os dados mostram que precisamos fazer mais para fortalecer o mercado de trabalho".
As Bolsas americanas reagiram mal, interromperam uma sequência de altas que já durava vários pregões e fecharam o dia em queda. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York caiu 0,88%, e a Nasdaq, Bolsa que reúne as ações de empresas de tecnologia, teve perda de 0,57%.


Com agências internacionais


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