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O VÔO DA ÁGUIA
No mês passado, foram fechados 93 mil postos de trabalho no país; setor industrial perdeu 44 mil vagas
Desemprego cai, mas cortes sobem nos EUA
DA REDAÇÃO
A taxa de desemprego nos Estados Unidos se manteve praticamente estável no mês passado,
passando de 6,2% da força de trabalho em julho para 6,1% em
agosto. Mas as empresas americanas continuaram a cortar funcionários pelo sétimo mês seguido.
Foram fechados 93 mil postos
de trabalho em agosto, de acordo
com o Departamento do Trabalho dos EUA, o maior número
desde março deste ano. Com isso,
sobe para 2,7 milhões o número
de vagas fechadas desde que
George W. Bush assumiu a Presidência dos Estados Unidos, em
2001. Em julho, dados revisados
mostram que 49 mil empregados
foram dispensados.
Os números jogaram um balde
de água fria no mercado, já que a
maioria dos analistas esperava
que o dado fosse positivo e que
cerca de 12 mil novos empregos
fossem criados no mês.
Segundo o Departamento do
Trabalho, 503 mil pessoas deixaram de procurar emprego no mês
passado, porque acreditam que
não há vagas disponíveis. Isso explica a queda no desemprego, a
despeito do fechamento de postos
de trabalho.
A indústria, um dos setores
mais atingidos, fechou vagas pelo
37º mês consecutivo. Desde julho
de 2000, a indústria americana
perdeu quase 16% de suas vagas.
Somente no mês passado, foram
cortados 44 mil postos no setor.
Enquanto outros índices sobre a
economia americana mostram
uma recuperação vigorosa da recessão que atingiu o país em 2001,
o mercado de trabalho -uma das
prioridades anunciadas do governo Bush- não consegue acompanhar o ritmo.
A reação do presidente americano foi mais uma vez prometer
que irá tomar providências para
animar o mercado de trabalho.
"Há muitos americanos procurando emprego, e temos que fazer
alguma coisa a respeito aqui em
Washington", afirmou. Segundo
ele, a criação de empregos é um
indicador defasado, "a última coisa a chegar ao cenário".
O secretário do Tesouro dos
EUA, John Snow, também mostrou preocupação: "Os dados
mostram que precisamos fazer
mais para fortalecer o mercado de
trabalho".
As Bolsas americanas reagiram
mal, interromperam uma sequência de altas que já durava vários pregões e fecharam o dia em
queda. O índice Dow Jones da
Bolsa de Nova York caiu 0,88%, e
a Nasdaq, Bolsa que reúne as
ações de empresas de tecnologia,
teve perda de 0,57%.
Com agências internacionais
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