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Ministra diz que Petrobras agiu
certo e que há muita "agitação"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) avalia que não houve grandes problemas na divulgação pela Petrobras da triplicação
de suas reservas de gás natural
com a descoberta de Santos.
"Se a Petrobras teve algum equívoco na conduta, ela vai consertar. Agora, eu não vejo muito problema nisso. Acho que há mais
agitação do que qualquer coisa",
disse a ministra.
Na quinta-feira a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) enviou ofício à Petrobras em que pedia explicações sobre o aumento
das reservas de gás.
Ontem, Dilma disse que a empresa não escondeu informações.
"O que eu acho é que a Petrobras
não escondeu, seria estranhíssimo se ela escondesse, porque é do
interesse absoluto dela", disse.
"A informação que nós temos é
que estava na internet, estava no
site da Petrobras", afirmou. Ela lamentou, no entanto, que não
houvesse sido publicado um fato
relevante antes. "Vazou antes de
eles publicarem fato relevante, o
que é lamentável."
A informação sobre o aumento
das reservas de gás natural no
campo de Santos foi passada pela
Petrobras a investidores na sexta-feira passada, em conferência via
internet, mas não houve divulgação ampla.
Segundo a ministra, a descoberta do aumento das reservas de gás
natural em Santos terá impacto
nas negociações com a Bolívia,
país com o qual o Brasil tem contrato de fornecimento de gás pelo
qual paga por uma quantia fixa do
produto, mesmo que não haja o
consumo.
Com a descoberta, o Brasil terá
mais argumentos parar negociar
com a Bolívia preços menores pelo gás importado. Uma nova reunião com representantes do governo boliviano deve acontecer
até 15 de outubro. O contrato vence em 2019.
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