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São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2003

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Ministra diz que Petrobras agiu certo e que há muita "agitação"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) avalia que não houve grandes problemas na divulgação pela Petrobras da triplicação de suas reservas de gás natural com a descoberta de Santos.
"Se a Petrobras teve algum equívoco na conduta, ela vai consertar. Agora, eu não vejo muito problema nisso. Acho que há mais agitação do que qualquer coisa", disse a ministra.
Na quinta-feira a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) enviou ofício à Petrobras em que pedia explicações sobre o aumento das reservas de gás.
Ontem, Dilma disse que a empresa não escondeu informações. "O que eu acho é que a Petrobras não escondeu, seria estranhíssimo se ela escondesse, porque é do interesse absoluto dela", disse.
"A informação que nós temos é que estava na internet, estava no site da Petrobras", afirmou. Ela lamentou, no entanto, que não houvesse sido publicado um fato relevante antes. "Vazou antes de eles publicarem fato relevante, o que é lamentável."
A informação sobre o aumento das reservas de gás natural no campo de Santos foi passada pela Petrobras a investidores na sexta-feira passada, em conferência via internet, mas não houve divulgação ampla.
Segundo a ministra, a descoberta do aumento das reservas de gás natural em Santos terá impacto nas negociações com a Bolívia, país com o qual o Brasil tem contrato de fornecimento de gás pelo qual paga por uma quantia fixa do produto, mesmo que não haja o consumo.
Com a descoberta, o Brasil terá mais argumentos parar negociar com a Bolívia preços menores pelo gás importado. Uma nova reunião com representantes do governo boliviano deve acontecer até 15 de outubro. O contrato vence em 2019.


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