São Paulo, domingo, 6 de setembro de 1998

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Ajuste no câmbio já não é aconselhado

da Reportagem Local

A desvalorização do real não é aconselhada pelos economistas consultados pela Folha na semana passada.
"O câmbio é um não-instrumento", afirmou Mailson da Nóbrega, referindo-se à possibilidade de desvalorização do real ou ao uso de medidas de controle de câmbio.
Na sua opinião, medidas assim só aumentariam o pânico no mercado.
Aloizio Mercadante também defende que este não é o momento para a desvalorização. Segundo ele, é preciso esperar passar a fase mais crítica da crise para rever a taxa de câmbio.
A desvalorização do câmbio também poderia implicar a quebra da economia Argentina, ao dificultar as suas exportações para o Brasil.
Para o economista da USP Celso Martone, no entanto, seria possível alargar a banda de flutuação do dólar. Hoje a variação permitida pelo Banco Central é de cerca de 0,5% entre os extremos. Martone defende uma ampliação da banda para 15%.
Na prática, isso significaria uma desvalorização, afirma Martone.
Delfim Netto também prefere ajustar o câmbio mais à frente.



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