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Ajuste no câmbio já
não é aconselhado
da Reportagem Local
A desvalorização do real não é
aconselhada pelos economistas
consultados pela Folha na semana
passada.
"O câmbio é um não-instrumento", afirmou Mailson da Nóbrega, referindo-se à possibilidade
de desvalorização do real ou ao
uso de medidas de controle de
câmbio.
Na sua opinião, medidas assim
só aumentariam o pânico no mercado.
Aloizio Mercadante também defende que este não é o momento
para a desvalorização. Segundo
ele, é preciso esperar passar a fase
mais crítica da crise para rever a
taxa de câmbio.
A desvalorização do câmbio
também poderia implicar a quebra da economia Argentina, ao dificultar as suas exportações para o
Brasil.
Para o economista da USP Celso
Martone, no entanto, seria possível alargar a banda de flutuação do
dólar. Hoje a variação permitida
pelo Banco Central é de cerca de
0,5% entre os extremos. Martone
defende uma ampliação da banda
para 15%.
Na prática, isso significaria uma
desvalorização, afirma Martone.
Delfim Netto também prefere
ajustar o câmbio mais à frente.
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