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Itamaraty vê ganhos para ambos os países
DO ENVIADO ESPECIAL A BEIRUTE
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que "o Brasil perderá o prejuízo" com a decisão dos Estados
Unidos de revogar medidas de
salvaguardas sobre importações
de produtos siderúrgicos adotadas no ano passado.
A revogação foi anunciada anteontem. "Ainda não conheço inteiramente o teor da medida, mas
foi um movimento relevante. Nós
nunca desejamos retaliação. Os
Estados Unidos tomaram uma
decisão louvável, de cumprir uma
decisão da Organização Mundial
de Comércio."
Nota divulgada pelo Itamaraty
afirma que "a decisão do governo
dos Estados Unidos confirma a
importância do sistema multilateral como instrumento eficaz de
solução de controvérsias e representa sinal positivo para as negociações em curso na OMC".
Como ainda há dúvidas sobre a
real extensão da decisão norte-americana, Amorim disse ser necessário saber se continuarão a vigorar medidas antidumping para
o aço nos EUA -com efeito sobre as exportações brasileiras para aquele país.
"O antidumping é um remédio.
Precisamos ver o que há e se está
sendo usado corretamente", disse
Amorim. Na nota do Itamaraty, o
governo diz que a "plena revogação" dessas medidas propiciará
crescimento das exportações de
produtos siderúrgicos ao mercado norte-americano "e trará benefícios para ambos os países".
A decisão dos EUA era de 5 de
março de 2002. Uma Proclamação Presidencial impôs medidas
de salvaguarda sobre dez categorias de produtos siderúrgicos, na
forma de tarifas adicionais de até
30%. Diversos países, entre eles o
Brasil, questionaram a decisão
dos EUA na OMC.
(FR)
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