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São Paulo, sábado, 06 de dezembro de 2003

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SP e Curitiba devem "cumprir" meta

DA SUCURSAL DO RIO

Se o ano acabasse em novembro, apenas duas das 11 áreas pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) teriam cumprido a meta de inflação estipulada para este ano: São Paulo e Curitiba.
Nos 11 primeiros meses de 2003, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de Curitiba ficou em 6,98%, a menor taxa entre as 11 regiões. Em São Paulo, a inflação também ficou abaixo da meta de 8,50%, atingindo 7,70%.
Segundo especialistas, é praticamente impossível que a meta estoure nessas duas capitais. A razão é que não existem pressões de preços administrados (energia, ônibus etc.) para este mês.
Para que a meta estoure, Curitiba teria de registrar inflação de pelo menos 1,43% neste mês; em São Paulo, os preços teriam de subir 0,76%, no mínimo. A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que calcula a inflação na capital paulista, prevê alta de apenas 0,20% neste mês.

Taxas em novembro
Em novembro, a menor taxa também foi registrada em Curitiba: 0,03%. Em seguida ficou São Paulo, onde a inflação chegou a 0,16% no mês passado.
Já o Rio de Janeiro ficou com a maior variação no mês, de 0,88%, em razão do aumento de 7,14% no preço das passagens de ônibus. Também pressionou o indicador o reajuste das tarifas de energia elétrica na área de concessão da Light.
No acumulado de 2003, o IPCA mais alto foi registrado em Belo Horizonte, onde a taxa ficou em 10,57%. Em Salvador, atingiu 10,44% até novembro.
Um dos itens que mais explicam as diferenças regionais, além da questão da renda diferenciada, é o comportamento das passagens de ônibus. Existem locais em que elas subiram mais de uma vez no ano. Em Belém, entretanto, as passagens não haviam aumentado até novembro.
São Paulo reajustou a tarifa em 21,43% em março. No Rio de Janeiro já ocorreram dois aumentos: um em março (7,7%) e outro em novembro.
Das 11 áreas pesquisadas pelo IBGE, a menor tarifa de ônibus em novembro foi registrada em Belém (Pará), de R$ 1. A maior foi a de Brasília, de R$ 2,50.


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