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Taxas ao consumidor chegam a 200% ao ano
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mesmo que Copom (Comitê
de Política Monetária) tivesse
reduzido a Selic em 0,25 ou
0,50 ponto percentual, o impacto seria limitado em operações de crédito ao consumidor.
É o que diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac
(Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), que
destaca a grande diferença entre a Selic e as taxas de juros
praticadas no mercado. Em linhas de crédito como cheque
especial e cartão de crédito, a
taxa de juros pode chegar a
200% ao ano, em média.
A associação afirma que o
Copom teria condições de reduzir a Selic sem pressionar a
inflação. "O consumo não está
exagerado e o volume de crédito ainda é baixo", diz Oliveira.
Embora sem impacto direto
para o consumidor, para os
bancos a Selic mais baixa teria
impacto relevante e, segundo
Oliveira, esse efeito pode se traduzir em mais interesse das
instituições financeiras em oferecer linhas de crédito aos
clientes. O estímulo à concorrência pode forçar taxas mais
baixas cobradas pelos bancos
em empréstimos pessoais, diz o
vice-presidente da Anefac.
(VERENA FORNETTI)
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